Energético com álcool: Entenda por que a mistura pode ser perigosa

Alimentação Bem-estar Saúde
31 de Janeiro, 2022
Energético com álcool: Entenda por que a mistura pode ser perigosa

A misturinha mais famosa das festas, confraternizações e churrascos pode parecer ótima para manter o pique e ficar mais alegre, mas as benesses param por aí – principalmente porque o consumo raramente se limita a um drinque. Energético com álcool pode, sim, representar uma combinação perigosa, pois seu excesso é um gatilho potente para quem possui predisposição a doenças cardiovasculares.

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Razões para não consumir mais energético com álcool

Em um contexto diferente, a cafeína tem as suas vantagens. Por exemplo, amantes do café se beneficiam do efeito cardioprotetor que a bebida oferece; logo, beber de duas a três xícaras ao dia ajudará na disposição e na saúde do coração. O mesmo se aplica ao álcool: não há problema em consumir uma tacinha de vinho por dia, ou eventualmente beber uma cerveja ou outra em um happy hour. Pelo contrário: essas bebidas contêm flavonoides, que são antioxidantes que atuam na saúde do coração.

O problema está em determinadas combinações: neste caso, álcool e energético são uma “bomba” para o sistema simpático, que recebe uma carga estimulante muito alta. Como consequência, o coração pode ficar muito acelerado, causando arritmias e males súbitos, como desmaios.

Um estudo publicado em 2019 do Journal of American Heart Association informou que 900ml de bebida energética — o equivalente a 4 latas — é capaz de causar problemas cardíacos, pois aceleram a atividade do coração. O álcool possui efeito relaxante, porém favorece o quadro de arritmia cardíaca.

O sabor da mistura incentiva o consumo excessivo, fazendo com que a pessoa perca o controle das doses. Para quem possui predisposição a doenças cardíacas ou é portador de alguma, o risco de morte é maior; para pessoas saudáveis, é pouco provável morrer devido ao consumo. No entanto, há outras consequências que devem ser levadas em consideração:

  • Aceleração dos batimentos cardíacos;
  • Desidratação;
  • Tontura;
  • Gatilho para transtornos de ansiedade;
  • Coma alcoólico.

É importante ter os exames em dia para avaliar se há qualquer problema que restringe determinados tipos de alimentos e bebidas.

Como evitar os efeitos da mistura?

Mais popular entre jovens e adolescentes, pode ser mais complicado conscientizar esse grupo sobre os riscos da bebida. Mas é importante orientar para reduzir o consumo para dois drinques. Ou, então, se for beber, evitar misturar qualquer tipo de bebida. Escolher a bebida preferida para aquela festa pode ser uma estratégia mais sábia se estiver associada à quantidade moderada. Além disso, é fundamental:

  • Beber bastante água entre os drinques. Isso porque o principal efeito do álcool é a desidratação. Ingerir água e sucos pode ajudar a minimizar o problema e a ressaca;
  • Evitar consumir misturas e bebidas alcoólicas de estômago vazio: faça pequenos lanches durante a festa para o organismo ter energia e reduzir as chances de um mal-estar.

Fonte: Claudio Catharina, cardiologista e gestor da área de cardiologia da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí.

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