DIU ou pílula anticoncepcional? Conheça as vantagens e desvantagens
Quando o assunto é evitar a gravidez, o que não faltam são opções, como DIU ou pílula anticoncepcional. No entanto, os métodos contraceptivos também podem ajudar a reduzir a TPM, prevenir doenças, entre outras vantagens. Por outro lado, podem causar efeitos colaterais indesejáveis. Por isso, entenda o que é cada um deles, bem como seus prós e contras.
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DIU ou pílula anticoncepcional: o que é cada um?
Inicialmente, vale explicar o que é cada um deles. O DIU é um método contraceptivo interno, ou seja, um pequeno dispositivo em forma de “T” inserido no útero da mulher. Atualmente, existe a opção não hormonal, que é o famoso DIU de cobre, e a hormonal (também conhecida como SIU), que libera baixas taxas de progesterona. E, neste caso, os nomes mais conhecidos do mercado são: DIU Mirena e Kyleena.
Por outro lado, a pílula anticoncepcional atua como um hormônio artificial no corpo. É o método contraceptivo mais utilizado pelas brasileiras, segundo levantamento feito pelo Instituto Ipsos com a farmacêutica Organon. Para 58% das mulheres, essa é a primeira opção. Há dois tipos principais de pílulas anticoncepcionais: as que combinam moléculas das famílias do estrogênio e da progesterona, os hormônios sexuais femininos; e as que são compostas apenas de representantes da progesterona.
Conheça, agora, as vantagens e desvantagens de cada método.
DIU
- Vantagens do DIU:
- O DIU é um excelente método anticoncepcional, bastante seguro e prático. Dessa forma, tem em torno de 99% de eficácia e pode ficar no organismo por até 10 anos, dependendo da matéria-prima.
- Não há riscos de esquecimentos (como acontece com a pílula);
- Não interfere nas relações sexuais ou nos contatos íntimos;
- A fertilidade retorna ao normal logo após a retirada do dispositivo.
- Desvantagens do DIU:
- Pode não interromper a menstruação por completo. Dessa forma, cerca de 40% das mulheres continuam menstruando, sendo que aproximadamente 10% vão ter alterações no ciclo.
- Embora o DIU não hormonal tenha como principal vantagem a ausência de hormônios, pode aumentar cólicas e sangramentos.
- Ao contrário de alguns dispositivos, o DIU só pode ser colocado ou retirado por um ginecologista.
- Para sua inserção, são necessários alguns exames pré-inserção no útero, como o papanicolau, para garantir a segurança do procedimento
- Maior risco de gravidez ectópica;
- Não protege contra infecções sexualmente transmissíveis;
- Se uma mulher engravidar enquanto faz uso do DIU, ele deve ser removido imediatamente. Senão, o risco de aborto é de 50%.
Pílula anticoncepcional
- Vantagens da pílula anticoncepcional
- Melhora os sintomas da TPM
- Regula o ciclo menstrual e melhora a acne
- A utilização da pílula anticoncepcional por pelo menos 5 anos consecutivos protege a mulher contra o câncer de ovário e de endométrio em 50%.
- Desvantagens da pílula
- Apesar de ser uma polêmica grande, as pílulas anticoncepcionais são medicamentos bastante seguros, mas como qualquer medicamento, possuem efeitos colaterais, como o risco de trombose. A chance de uma pessoa de 35 anos sem doenças ter trombose é de 1 em 3 mil. A pílula dobra essa chance que vai de 1 em 1.500 casos. “Mas o dobro continua sendo muito pouco. Então, se a mulher não tem fatores que predispõem à trombose, a pílula continua sendo segura”, explica o Dr. Patrick Bellelis, ginecologista.
- As pílulas garantem proteção contra a gravidez, mas é preciso que sejam tomadas nos dias e horários corretos. Se você as usa correntemente, elas têm 99% de acerto. Por outro lado, se você se esquece com frequência de ingerir os comprimidos, sua chance de engravidar sobe para 9%.
- Pode interferir no ganho de massa muscular, já que a testosterona é reduzida. Também pode trazer outros impactos negativos para o corpo, como o ganho maior de gordura, redução de massa óssea, flacidez e celulite.
- Assim como o DIU, a pílula não protege contra IST’s.
- Podem causar dor de cabeça, problemas gastrointestinais e aumento nas varizes.
- Por fim, alguns medicamentos diminuem sua eficácia, como certos antibióticos e aqueles voltados para transtornos psiquiátricos. Por isso, informe seu médico antes de tomá-los.
Fonte: Dr. Patrick Bellelis, Ginecologista, Obstetra e Especialista em Endometriose. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO.