Dieta Ravenna: Elimina até 10% do seu peso atual em 1 mês
Você já ouviu falar no método Ravenna? Criado pelo psicanalista argentino Máximo Ravenna, na década de 1990, promete perda de 5% a 10% do peso no primeiro mês e caiu no gosto de personalidades. O programa leva em conta a adoção de um cardápio pouco calórico e sem carboidratos de alto índice glicêmico.
O cardápio da dieta ravenna se baseia em três pilares essenciais: corte, medida e distância. O primeiro diz respeito à eliminação do excesso alimentar, da compulsão e de alimentos que funcionam como gatilho para esse impulso incontrolável. O segundo pilar — medida — está relacionado ao tamanho da porção ingerida, que deve ser pequena, também à redução de medidas corporais, ao tamanho das roupas e até ao tamanho do prato.
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Por fim, o conceito de distância serve para lembrar o adepto de se afastar da comida como uma forma de compensação emocional, o que ajuda a eliminar ou diminuir bastante a compulsão alimentar, situações gatilho que levam ao comer excessivo e também a distância entre as refeições. Para conseguir se apoiar em todos esses pilares, o método inclui não apenas a dieta em si, com acompanhamento nutricional, mas também há psicólogos e educadores físicos envolvidos.
Como funciona?
De forma geral, a dieta ravenna é dividida em três fases: redução, transição e manutenção. É na primeira que acontece a perda de peso, que se dá, principalmente, por meio da redução de carboidratos, entre outras medidas. O adepto passa a seguir um cardápio restrito, cuja quantidade de calorias varia conforme a avaliação clínica individual.
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A média, porém, é de 800 calorias diárias, divididas em quatro refeições, com intervalos que podem variar de três a seis horas. A ideia do baixo valor de calorias é fazer com que o metabolismo sofra uma alteração e passe a queimar gordura — e não glicose — para produzir energia. No entanto, embora os cardápios sejam montados de forma equilibrada e incluam todos os grupos alimentares, a suplementação de vitaminas e outros nutrientes é necessária.
O tempo que essa primeira fase dura depende do metabolismo de cada um. Depois, entre o emagrecimento e a manutenção, acontece a fase de transição, com um tempo mínimo de quatro meses. É quando acontece a reintrodução dos alimentos, de forma moderada e acompanhada. Ao mesmo tempo, é feita a adaptação da atividade física, que passa a ser ajustada de acordo com a nova ingestão calórica diária. O principal objetivo desta etapa é identificar como o paciente irá se comportar diante de alimentos que, no emagrecimento, estavam fora do seu cardápio.
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Só depois desse processo chega-se à fase de manutenção que, teoricamente, não tem fim. Por ter passado por um processo de reeducação alimentar, o ideal é que o adepto siga-a pelo resto da vida, para evitar ganhar peso novamente.
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Cardápio
Um dia da dieta Ravenna contempla café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Há algumas particularidades: por exemplo, almoço e jantar começam sempre com um caldo quente, cuja função é frear a ansiedade. Depois, é servida uma salada verde para dar saciedade, e só então vem o prato principal, que inclui uma proteína e um acompanhamento. Por fim, é permitida uma sobremesa.
É um ritual que tem por finalidade tornar a refeição mais prazerosa, eliminando o hábito do fast-food, do comer rápido sem prestar atenção ao que se ingere. Outra boa notícia é que o cardápio não exclui qualquer grupo alimentar, nem mesmo os carboidratos. Porém, nesse grupo não entram alimentos feitos com farinhas e açúcares refinados, os chamados carboidratos simples, presentes em bolos, pães, massas e doces industrializados.
O motivo é simples: todos eles apresentam um alto índice glicêmico. Isso significa que são absorvidos rapidamente pelo organismo, convertidos em energia no sangue também rapidamente, causando picos e quedas bruscas de açúcar no sangue. Todo esse processo leva à produção exagerada de insulina e, como consequência, aumenta o apetite e causa compulsão.
Outro motivo é que esse tipo de carboidrato não traz muitos benefícios nutricionais e pode ser eliminado da dieta sem prejuízos à saúde. Por fim, pesquisas comprovam que tais alimentos afetam o cérebro e causam dependência, funcionando como gatilhos para comer mais e mais.
Queijos amarelos e frituras também não entram na primeira fase da dieta. Por outro lado, há ênfase no consumo de alimentos ricos em fibras, com baixo índice glicêmico, frutas cítricas, termogênicos (que aceleram o metabolismo) e proteínas magras como peixe e frango.
Terapias e exercícios
Outra característica importante do método Ravenna é que a prática de exercícios físicos e a participação em grupos terapêuticos. Estes últimos são conduzidos por um psicólogo especializado em obesidade e transtornos alimentares. A atividade ajuda a entender a relação que o indivíduo tem com a comida e, assim, trabalhar para eliminar vínculos compulsivos que podem estar impedindo o emagrecimento.
Os encontros são mensais, quinzenais ou até semanais, dependendo da necessidade de cada um. Por meio da terapia, é possível identificar, ainda, se há compulsão por um determinado alimento. Nos encontros, os participantes também compartilham vitórias e falhas, num movimento de apoio e motivação mútuos, reconhecendo a obesidade como um problema. Quando há necessidade, acontece também acompanhamento com psicólogo individualmente.
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Já os exercícios físicos entram na rotina como forma de acelerar a redução de medidas e fortalecer os músculos. Depois da emagrecimento, eles servem para manter o peso e contemplar uma vida mais saudável. Na primeira fase, os exercícios, assim como sua frequência, são avaliados caso a caso, já que o paciente estará em uma dieta de baixas calorias. Assim, começa-se com exercícios funcionais leves, e, conforme a quantidade de calorias vai aumentando, a rotina física passa a incluir treinos aeróbicos mais intensos. Por se tratar de um método complexo, a Ravenna só é prescrita em seus centros terapêuticos próprios, com sedes em São Paulo, Brasília e Salvador.
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