Dieta mitocondrial realmente funciona?
Muito se fala sobre a importância de conquistar uma vida saudável por meio da alimentação. É por isso que, de tempos em tempos, surgem novos protocolos nutricionais que prometem potencializar o funcionamento do nosso organismo. É o caso da dieta mitocondrial: de acordo com seus defensores, esse tipo de cardápio garante energia para as células e permite que elas realizem todas as suas funções de maneira eficiente. Saiba mais:
Como surgiu a ideia?
A ideia de otimizar as nossas mitocôndrias para melhorar o funcionamento do corpo surgiu há mais de 10 anos em uma palestra TEDx apresentada por Terry Wahls. Ela, que convive com a doença neurodegenerativa esclerose múltipla, na época estava frustrada com os resultados dos tratamentos convencionais para a condição.
Então, criou o seu próprio protocolo, que visa diminuir as inflamações do corpo e ajudar o sistema mitocondrial. As mitocôndrias são organelas responsáveis por fornecer energia para as células desempenharem suas funções.
A teoria da pesquisadora envolve a adoção de uma alimentação cetogênica (isto é, restrita em carboidratos), bem como a alta ingestão de alimentos ricos em alguns micronutrientes: coenzima Q10, creatina, iodo, ômega-3 e vitaminas do complexo B. Por exemplo:
- Folhas: Espinafre, alface, rúcula;
- Vegetais ricos em enxofre: Cogumelo, alho, cebola, couve-flor;
- Vegetais/frutas coloridos: Laranja, repolho roxo, morangos, pimentão;
- Carnes: Bovina, salmão, atum;
- Algas marinhas.
Além disso, ela defende a realização de alongamentos, exercícios físicos, estimulação elétrica dos músculos, meditação e automassagem.
De acordo com a cientista, os benefícios estariam relacionados a melhorar o metabolismo, auxiliar no controle de desordens nervosas e musculares graves, como doenças neurodegenerativas — esclerose múltipla, Parkinson e Alzheimer —, e combater o envelhecimento.
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Dieta mitocondrial realmente funciona?
Contudo, é sempre bom lembrar que ainda não existem estudos científicos comprovando os reais benefícios da dieta mitocondrial. Ademais, o funcionamento das nossas mitocôndrias envolve uma série de fatores que vão além da alimentação, como qualidade do sono, tabagismo, consumo de álcool e até existência de alguma disfunção mitocondrial — doença rara cujo diagnóstico envolve a realização de exames bioquímico, de imagem, oftalmológico e até biópsia.
Portanto, antes de aplicar mudanças na alimentação ou adotar cardápios, é essencial contar com a ajuda de profissionais. Desse modo, você realmente melhora a saúde e atinge seus objetivos de maneira segura.