Depilação a laser no rosto: profissional fala sobre benefícios e riscos
A depilação a laser no rosto se tornou mais uma opção para aquelas pessoas que se incomodam com os pelinhos espalhados pela face.
De acordo com a dermatologista Julyanna do Valle, a remoção dos fios é feita da mesma forma que as demais partes do corpo. Neste caso, contudo, ela demanda alguns cuidados especiais para que não tenha nenhum risco. Saiba mais!
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Depilação a laser no rosto: como é feita?
Julyanna explica que a depilação a laser no rosto é feita praticamente da mesma forma que nas outras áreas do corpo.
“Através da energia luminosa, o laser atinge o pigmento do pelo e o destrói. O alvo da depilação é o pigmento, a melanina que tem dentro do fio. Portanto, pacientes que têm pelos mais grossos e escuros costumam ter respostas melhores”, ela afirma.
“Atualmente, existem no mercado alguns lasers mais seguros e mais atuais. É o caso do laser Alexandrite e do laser de Diodo, por exemplo, que servem em diferentes fototipos de pele”, ressalta.
Segundo a médica, as mulheres normalmente procuram a depilação no rosto para o buço, costeleta – continuação do cabelo nas laterais da face – e queixo. Já entre os homens, o foco é a barba e o bigode, especialmente em casos em que há muita foliculite na pele.
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Benefícios da depilação a laser
A depilação a laser caiu no gosto das pessoas por prometer acabar com os pelos de forma completa ou, então, diminuir bastante sua quantidade.
Além disso, o procedimento não costuma ser tão dolorido quanto outras alternativas, como a depilação com cera, pinça ou linha, por exemplo.
Há, ainda, mais um benefício relevante apontado por Julyanna:
“Uma grande vantagem do laser é que ele não gera aquele trauma repetitivo causado pela depilação com cera, pinça ou linha, que pode fazer com que a pele fique mais escura – especialmente na região do buço. Portanto, a técnica é melhor também para essa questão de pigmentação que pode acontecer no pós-depilação.”
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São necessárias quantas sessões?
Julyanna explica que a quantidade de sessões de laser vai depender de cada caso, levando em consideração a quantidade de pelos na região a ser depilada e da resposta individual de cada paciente.
“No geral, contudo, os resultados costumam aparecer depois de três ou quatro sessões, sendo necessário o intervalo mínimo de 30 a 45 dias entre cada uma”, aponta.
Vale ressaltar, porém, que há algumas situações em que o laser não será a solução para o fim ou a redução dos pelos no rosto.
“Às vezes é importante investigar a causa da pilificação aumentada no rosto, ou seja, o motivo do crescimento dos fios de forma exagerada. Alguns pacientes têm predisposição genética a ter mais pelos no rosto, mas, em outros casos, pode ser devido a algumas alterações hormonais, o que precisa ser investigado”, alerta a médica.
“Usar o laser nesses casos não será eficaz, porque mesmo fazendo a depilação, a pessoa vai continuar tendo pelo naquela região, por conta da alteração que não foi tratada.”
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Principais riscos e cuidados
Por ser uma região com a pele mais delicada e que às vezes fica mais exposta ao sol e à luz, deve-se tomar alguns cuidados específicos para evitar riscos.
“O procedimento tem que ser feito por um profissional qualificado, que saberá usar a energia certa para cada tipo de pele, de região e de pelo, evitando assim problemas como queimaduras e manchas”, afirma Julyanna.
Além disso, também é importante manter uma boa hidratação, evitar o uso de produtos ácidos alguns dias antes do procedimento e não estar com a pele bronzeada.
Já após a depilação, é necessário manter a proteção da região com filtro solar, além de apostar em hidratantes – de preferência com ação calmante – para que a pele se recupere bem.
Contraindicações
“Geralmente, evitamos usar laser em peles bronzeadas, para diminuir o risco de manchas. Áreas que estejam machucadas ou traumatizadas também costumamos evitar”, afirma a médica.
Por fim, mulheres grávidas e pacientes que têm fotossensibilidade – ou seja, sensibilidade à exposição da luz solar ou outras fontes luminosas – ou doenças autoimunes que podem piorar com a fotossensibilidade também não devem fazer o procedimento.
Fonte: Julyanna do Valle, dermatologista, de Goiânia, Goiás.