Criança pode comer chocolate? Entenda a idade mínima recomendada

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28 de Março, 2024
Criança pode comer chocolate? Entenda a idade mínima recomendada

Difícil encontrar alguém que não lembre com carinho dos doces que mais comia na infância. Entre os itens, provavelmente o chocolate é um dos primeiros colocados. Mas será que criança pode comer chocolate? Se sim, a partir de qual idade? Confira o que uma especialista diz:

Criança pode comer chocolate?

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Academia Americana de Pediatria (AAP), alimentos de alto teor de açúcar e cafeína, como os chocolates, não são indicados para menores de 2 anos de idade. Além disso, o chocolate ainda tem potencial alergênico e deve ser oferecido com cautela a primeira vez.

De acordo com a nutricionista Patricia de Moraes Pontilho, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, “oferecer açúcar para o pequeno logo cedo atrapalha o bom funcionamento da microbiota intestinal e pode interferir no desenvolvimento do paladar da criança – visto que, nessa fase, ela ainda está aprendendo os sabores dos alimentos in natura, como frutas, verduras e legumes.

Na opinião da especialista, o melhor seria oferecer o item somente a partir dos cinco anos. Mas depois dos dois, é possível começar a fazer preparações sabor chocolate, como um bolinho feito com cacau e aveia.

Mesmo após a fase, os cuidadores devem administrar o doce com moderação. “Apesar de conter flavonoides (compostos antioxidantes), ele também pode ser uma fonte importante de açúcar e cafeína para crianças pequenas.

Existem riscos?

“Oferecer doces, incluindo chocolate, antes da idade recomendada pode aumentar o risco de desenvolvimento de alergias alimentares, cáries dentárias e preferência por alimentos mais doces, o que pode contribuir para problemas como obesidade e diabetes a longo prazo”, complementa a médica pediatra Dra. Kelly Oliveira. Além disso, o açúcar em excesso pode também afetar negativamente os padrões de sono das crianças, deixando-as muito agitadas, além de problemas gastrointestinais.

Assim, a introdução do alimento deve ser considerada no momento adequado para promover equilíbrio no paladar e reduzindo a preferência por sabores excessivamente doces. “Isso contribui para melhores hábitos alimentares e previne o sobrepeso e a obesidade infantil”, complementa a médica. 

O doce do chocolate também pode ganhar substitutos se a criança não tiver idade ideal. Dessa forma, existem opções saudáveis como frutas frescas, frutas secas como uvas passas e damasco, iogurte natural adoçado com frutas, smoothies de frutas e frutas desidratadas. Essas alternativas fornecem nutrientes importantes e ajudam a desenvolver uma preferência por sabores naturais.

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Qual o melhor tipo de chocolate para os pequenos?

Por fim, mesmo após os 2 anos, deve-se consumir com moderação, evitando-se industrializados e ultraprocessados. “Os melhores chocolates são sempre aqueles que trazem menos açúcar e mais cacau. Por isso, fique atento ao rótulo: se o primeiro item da lista for o açúcar, significa que é o ingrediente que está presente em maior quantidade naquele alimento.”

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