Comer entre as refeições é uma boa ideia para emagrecer?
Saber escolher os alimentos mais adequados é fundamental para quem está em processo de emagrecimento. Além disso, fatores como quantidade e frequência também importam quando o assunto é perder peso – isso porque todas essas variáveis interferem nos resultados de um plano alimentar. Uma dúvida recorrente das pessoas que desejam emagrecer é a quantidade de vezes que é preciso comer por dia. Há quem diga que três refeições é o ideal para um dia. Por outro lado, existem pessoas que preferem comer entre as refeições para não sentir tanta fome.
Vale dizer que não existe um consenso em relação a essa questão. Estudos mais antigos apontam que o corpo responde melhor a uma carga constante de calorias e, assim, seria mais interessante consumir pequenas porções ao longo do dia do que três grandes refeições.
Entretanto, outras análises mais recentes descobriram uma relação entre índices altos de obesidade e os lanches entre as refeições. Além disso, quando se trata de petiscos processados, por exemplo biscoitos e batatas fritas, a fome pode aumentar ainda mais.
“Se as pessoas estão preocupadas com sua saúde e peso, é melhor evitar comer entre as refeições”, disse o pesquisador Tim Spector, especialista em epidemiologia genética do King’s College London, ao jornal britânico Daily Mail.
Comer entre as refeições: pontos negativos
Estudiosos e especialistas que defendem o mínimo de refeições possíveis ao longo do dia dizem que quanto mais vezes uma pessoa se propor a comer, há mais oportunidades de comer demais ou comer de uma maneira disfuncional.
Assim, ao fazer lanches menores, é possível que o indivíduo acabe consumindo mais do que o necessário para aquele dia. Além disso, geralmente snacks mais práticos são industrializados ou processados. Ou seja, fazem parte de um grupo de alimentos que não trazem benefícios para a saúde.
Outra questão importante é que a vontade de beliscar em excesso pode ser sinal de algum desequilíbrio. Isso porque muitas vezes esse desejo é fruto de uma fome emocional – momento em que o indivíduo desconta as emoções nos alimentos. Há, ainda, uma segunda razão que pode justificar a vontade de comer entre as refeições. Quando alguém não tem o hábito de consumir pratos equilibrados e nutritivos, são grandes as probabilidades dessa pessoa não sentir-se satisfeita mesmo após a refeição, já que uma alimentação pouco saudável e nutritiva não garante a saciedade necessária.
Dessa forma, algumas estratégias para não sentir tanta vontade de comer entre as refeições é beber bastante água durante o dia (afinal, a sede pode acabar sendo confundida com a fome) e manter uma alimentação rica em fibras.
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Petisco do bem
Existem nutricionistas que recomendam o consumo de até cinco refeições por dia: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Claro que essa frequência varia conforme a rotina de cada um e é preciso adaptá-la de acordo com os horários do paciente.
De qualquer forma, quem defende esse racionamento maior, em que há porções menores ao longo do dia, costuma acreditar que, dessa forma, a pessoa sentirá menos fome entre as refeições e, assim, terá um controle maior das quantidades.
Além disso, tudo depende do alimento consumido entre as refeições. Geralmente, recomenda-se comer alguma fruta in natura ou preparar alguma receita prática e saudável, como panqueca de banana, sanduíche natural ou mingau de aveia. Os ingredientes e as combinações são escolhidos a partir dos objetivos e das necessidades dos indivíduos.
Assim, a melhor forma de entender qual estratégia seguir é a partir de uma consulta individualizada com um profissional da área.