Câncer de garganta: veja sintomas, causas e tratamento

Saúde
16 de Setembro, 2022
Câncer de garganta: veja sintomas, causas e tratamento

Embora muitas vezes sejam sintomas comuns, tosse e dores de garganta recorrentes valem, sim, uma investigação junto ao médico. Entre os principais motivos para buscar ajuda está o câncer de garganta, que representa cerca de 25% dos tumores malignos que atingem a região da cabeça e do pescoço, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Também conhecido como orofaríngeo, esse tipo de tumor se desenvolve logo atrás da boca, atingindo partes da região como as amígdalas e a área posterior da língua. Com maior índice entre os homens – especialmente os fumantes –, o início da doença pode passar despercebido. Contudo, o perigo é que o tratamento de câncer costuma levar à risca a regra de que quanto antes diagnosticado, melhores as chances de recuperação e até da cura do paciente. Saiba mais sobre esse tipo de tumor.

Veja também: Tosse seca: tipos, causas e como tratá-la

Quais são os sintomas de câncer de garganta?

Além da tosse e dor de garganta recorrentes, o paciente pode apresentar outros sintomas, a depender do estágio da doença e da localização exata do tumor. Mas, em geral, é comum sentir:

  • Mudanças na voz;
  • Dificuldade para engolir (ou a sensação de que alguma coisa está presa na garganta);
  • Dor de ouvido;
  • Caroço no pescoço;
  • Dificuldade para respirar (ruídos durante a respiração);
  • Presença de sangue ao tossir;
  • Perda de peso inexplicável.

Causas mais comuns do câncer de garganta

Assim como outros tipos de tumor, o câncer de garganta muitas vezes está associado a maus hábitos de vida. Por exemplo, tabagismo, alcoolismo e a exposição a outros produtos químicos, como níquel, amianto e gases de ácido sulfúrico. 

No entanto, o histórico familiar também aumenta a probabilidade de apresentar a doença. Outra causa comum é o HPV, mais um reforço para o uso de preservativo nas relações sexuais, inclusive sexo oral, e para a vacina contra o HPV.

Homens e idosos acima de 65 anos estão entre as principais vítimas, mas mulheres podem apresentar a doença. Além disso, de uns anos pra cá, tem-se notado um aumento no número de casos entre os jovens.

Diagnóstico

Se notar a presença de algum dos sintomas acima, sobretudo se a manifestação for frequente e sem causa perceptível, procure um otorrinolaringologista ou um cirurgião de cabeça e pescoço.

No consultório, em uma primeira avaliação, o médico costuma perguntar sobre o estilo de vida e o histórico do paciente, para entender se há fatores de risco. Exames de imagem também são úteis e, para concluir o diagnóstico de câncer de garganta, é feita uma biópsia.

Caso o paciente já apresente um nódulo no pescoço palpável, a biópsia é feita no próprio ambulatório. O procedimento envolve anestesia local, por meio de punção e aspiração por agulha fina (PAAF). Outra alternativa é a endoscopia, que pode coletar remover amostras de tecido para a análise.

Opções de tratamento

Diversas cirurgias, terapias (quimioterapia, radioterapia, imunoterapia) e cuidados paliativos integram o tratamento. Entretanto, recomendações dependem do tipo de tumor, tamanho e estágio, além de características do paciente, como idade e outras doenças.

Mas o tratamento mais eficiente para o câncer de garganta é a cirurgia, cuja preocupação comum é o acometimento da fala. Nesse sentido, quanto mais precoce o diagnóstico, menor será a interferência cirúrgica na fala e na deglutição.

Nos tumores iniciais, a cirurgia prejudica pouco essas funções, o que leva a um pós-operatório sem grandes preocupações. Com finalidade curativa, o tratamento cirúrgico nesses casos, inclusive, pode ser considerado como tratamento único.

Por outro lado, em casos mais avançados, a recuperação cirúrgica demanda atendimento multidisciplinar, com fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista. Além disso pode haver associação com quimioterapia e radioterapia, e o paciente precisar ainda de outros recursos. Por exemplo, sonda, próteses ou traqueostomia para facilitar a ingestão de alimentos, a saída da voz e a respiração, respectivamente.

Para completar o tratamento, os cuidados mais importantes são parar de fumar e consumir bebidas alcoólicas, caso o paciente tenha esses hábitos.

Fontes: A.C. Camargo Cancer Center; José Francisco de Sales Chagas, médico otorrinolaringologista, cirurgião de Cabeça e Pescoço e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic; e Oncoguia.

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