Braquioplastia: como é feita a cirurgia que retira a gordura dos braços
A braquioplastia é uma cirurgia que tem ganhado cada vez mais adeptos que buscam corrigir a flacidez do braço, mais especificamente da região do tríceps, mais conhecida como o temido “tchauzinho”.
Também chamado de lifting de braço e dermolipectomia braquial, este procedimento possui viés estético, sendo feito a partir da combinação da lipoaspiração com a remoção do excesso de pele.
Conheça a seguir todos os detalhes desta cirurgia!
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O que é braquioplastia
A braquioplastia é uma cirurgia plástica que consiste em retirar a gordura em excesso da parte de trás do braço, onde é comum haver flacidez.
De acordo com o cirurgião plástico Hugo Sabath, de São Paulo, o procedimento é indicado especialmente para pessoas que perderam muito peso – seja com dietas ou cirurgia bariátrica –, possuem predisposição genética a ter flacidez ou, então, ficaram com a pele muito flácida devido ao envelhecimento.
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Como é feita a braquioplastia
O profissional explica que a cirurgia possui duas etapas principais e tem duração média de duas horas, dependendo da habilidade do cirurgião.
Primeiramente, é realizada uma lipoaspiração, onde todo o excesso de gordura da região do braço é removido. Na sequência, é feita a retirada do excesso de pele da área em que foi feita a sucção.
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“A incisão é realizada na região da axila e se estende na linha interna dos braços”, explica Sabath.
O procedimento pode ser feito com a combinação de anestesia local e sedação ou, então, anestesia geral, principalmente quando a braquioplastia é associada a outras cirurgias, como abdominoplastia ou mamoplastia, por exemplo.
Cicatriz da braquioplastia
Uma das perguntas mais recorrentes quando se fala em braquioplastia é a respeito de sua cicatriz. Afinal, qual será seu tamanho? É possível revertê-la?
Sabath explica que a cicatriz geralmente fica em um formato semelhante à letra “T”, uma vez que é feito um corte horizontal na axila e outro na vertical ao longo do braço.
Já o tamanho, segundo o profissional, será proporcional ao excesso de pele, gordura e flacidez encontrados durante a cirurgia. Ou seja, quanto maior os excessos, mais comprida será a marca.
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Vale ressaltar que não há como evitar a cicatriz do procedimento. O que pode ser feito, contudo, é apostar tratamentos que a amenizem.
Segundo o cirurgião plástico, algumas delas são:
- Betaterapia: utiliza a aplicação de radiação ionizante penetrada somente alguns milímetros na pele (ela não atinge os órgãos internos) para combater problemas de cicatrização. Segundo estudos, esta técnica possui até 85% de chance de controle da formação de queloides.
- Câmara hiperbárica: trata-se de uma modalidade terapêutica de alta tecnologia que acelera a cicatrização, onde o paciente respira um oxigênio 100% puro. Este, por sua vez, provoca um aumento na quantidade de oxigênio transportado no sangue, ativando as células relacionadas com a cicatrização.
- Pomadas cicatrizantes: elas têm o objetivo de atenuar os efeitos cicatriciais hipertróficos e devem ser usadas de acordo com orientação médica, normalmente de 20 a 40 dias após a cirurgia.
Riscos da cirurgia
Hugo Sabath afirma que, como qualquer cirurgia, a braquioplastia não está isenta de riscos. Por este motivo, o primeiro passo para evitar qualquer problema é buscar um cirurgião plástico capacitado e com experiência.
“Além disso, é importante escolher uma clínica com ambiente adequado para a realização da consulta e hospitais qualificados para a realização do procedimento”, ele complementa.
O profissional ainda sugere que o paciente tenha uma conversa aberta com o médico, para esclarecer todas as dúvidas a respeito da cirurgia, além de deixar claros seus objetivos e expectativas.
“Na contrapartida, o cirurgião poderá dizer quais são os resultados possíveis para o caso, os cuidados pós-operatórios necessários e as possíveis complicações.”
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Recuperação no pós-operatório
Segundo Sabath, o paciente normalmente tem alta um dia após ou até no mesmo dia da cirurgia.
Contudo, a braquioplastia possui um pós-operatório delicado, já que se trata de uma região que precisa de atenção na higiene por conta da transpiração comum nessa área.
“Após deixar o hospital, os sintomas pós-cirurgicos mais recorrentes são inchaço no local, hematomas, infecção, depressões e irregularidades na pele (que irão ser atenuadas com o tempo) e alterações e sensações variadas na cicatriz, como coceiras e ardores”, lista o médico.
Com isso, é necessário que o paciente use mangas compressivas num período aproximado de três meses, para evitar inchaços e marcas escuras na pele.
“É importante ressaltar que para obter o resultado desejado é fundamental cumprir com as recomendações pré-operatórias e também, seguir à risca todas as prescrições que o seu médico passar”, ele alerta.
E finaliza: “O resultado final fica evidente normalmente de quatro a seis meses após a cirurgia, quando a pele já houver adquirido sua tonicidade habitual”.
Fonte: Hugo Sabath, cirurgião plástico e diretor da Clínica Sabath, de São Paulo.