Bebê pode comer canela? E castanhas?

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14 de Março, 2024
Bebê pode comer canela? E castanhas?

A introdução alimentar é uma fase de muitas descobertas – tanto para os pequenos, quanto para os pais. Isso porque enquanto a criança está conhecendo novos sabores e texturas, os adultos também aprendem formas mais seguras e estimulantes de oferecer os alimentos. Não à toa, nessa fase também surgem inúmeras dúvidas. Por exemplo: o bebê pode comer canela? E castanhas?

A questão levanta discussões porque alguns ingredientes têm potencial alergênico. Isso inclui não só a canela e as castanhas (como amendoim e amêndoas), mas também o ovo, o leite de vaca, a soja, o trigo… Com medo de que o pequeno desenvolva uma reação, muitos responsáveis e cuidadores evitam dar esses itens nas refeições. Contudo, essa não é a prática mais indicada, sabia?

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Bebê pode comer canela e castanha sim!

De acordo com a nutricionista materno infantil Franciele Loss, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmam que quanto antes você introduzir alimentos com potenciais alergênicos no cardápio do pequeno, melhor.

“80% das alergias alimentares ocorrem com a ingestão de leite de vaca, ovo, soja, trigo, amendoim, peixes e crustáceos, mas isso não significa que esses itens não devem ser oferecidos para o bebê. Ele deve experimentar todos ainda na introdução alimentar. O risco não é zero, mas é muito menor com seis meses”, pontua.

É claro que isso deve ser feito com alguns cuidados. Uma dica importante, por exemplo, é não dar nenhum desses ingredientes pela primeira vez ao bebê se ele estiver doente ou com alguma condição que o deixe mais suscetível a efeitos adversos. E não oferecer todos esses itens de uma vez, é claro.

Além disso, é importante lembrar que a canela em pó e a castanha podem provocar asfixia e engasgos. Por isso, no caso da primeira, é indicado misturá-la dentro de preparos em vez de polvilhar em cima de algum outro alimento. Já as nuts precisam ser picadas e podem compor receitas como bolinhos naturais.

Leia também: Novas diretrizes da OMS sobre a introdução alimentar: o que muda?

Meu filho teve alergia, e agora?

A especialista conta que as manifestações de alergia podem variar, mas as mais comuns são:

  • Cutâneas: urticária, angioedema e dermatite atópica;
  • Orais: edema, hiperemia, prurido e sensação de queimação nos lábios, língua, palato e garganta;
  • Gastrintestinais: náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia;
  • Respiratórias: broncoespasmo e coriza;
  • Sistêmicas: anafilaxia e choque anafilático.

Caso a criança apresente alguma reação alérgica, o ideal é contatar o pediatra que a acompanha. Ele deve orientar sobre as possibilidades de alergia, os benefícios da apresentação dos alergênicos e traçar um plano específico caso o bebê seja alérgico. “No entanto, em situações mais graves, é orientado procurar um pronto-socorro para evitar complicações sérias”, recomenda.

Fonte: Franciele Loss é nutricionista materno infantil à frente do @bebedenutri.

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