Por que não consigo perder a barriga pochete?
A conhecida barriga pochete é motivo de incômodo para muita gente. Aquele volume exagerado na região inferior do abdômen, próximo ao umbigo, muitas vezes é causado pelo excesso de gordura visceral.
Trata-se de um tecido adiposo que envolve os órgãos vitais, como estômago e intestino. E realmente, vale a pena mudar alguns hábitos para diminuir o problema: afinal, ele está relacionado a uma série de condições de saúde, como diabetes, colesterol alto, doenças cardiovasculares e AVC.
Mas quando a barriga pochete aparece mesmo com práticas saudáveis de vida, como alimentação equilibrada e atividades físicas regulares, o que pode ser?
Veve Fit, educadora física especialista em barriga negativa e diástase feminina, explica que essa é uma queixa comum entre seus alunos. “Essa é uma reclamação que eu recebo com frequência. ‘Eu treino, como de forma saudável, faço um monte de exercícios abdominais e a barriga é a última a perder’. O que acontece?”
A seguir, ela elenca outras possíveis causas para a barriga pochete:
Falta de força nos músculos abdominais
De acordo com a profissional, todos nós temos quatro músculos que compõem a parede abdominal. Um deles, o mais profundo, chama-se transverso abdominal. Ele é muito importante, uma vez que é considerado a nossa “cinta natural”.
“O transverso faz com que a nossa cintura fique mais fina e com que a gente consiga reter esse volume abdominal causado pelo aumento da cavidade (gerado, muitas vezes, pelo empurrar dos órgãos internos)”, explica.
Aí, já viu: se a gente não fortalece essa estrutura (e a região como um todo), a barriga fica mais avantajada, mesmo se o percentual de gordura corporal for baixo.
Para acabar com o problema, Veve recomenda apostar em treinamentos que focam no transverso (como o vacuum) em vez de exagerar nos abdominais comuns.
Má postura piora a barriga pochete
A má postura no dia a dia parece ser o mal do século: ela é a grande causa da dor nas costas, condição que atinge oito em cada 10 pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mas não é só o incômodo físico que pode aparecer por conta das posições equivocadas que a gente adota. É só fazer um teste no espelho: ao ficar de lado e com a postura “errada” (isto é, ombros caídos, costas arqueadas e cabeça para frente), você perceberá a barriga maior. Por outro lado, ao ajeitar a postura, verá que ela diminui consideravelmente.
E adivinha qual é o grande fator de risco para a má postura? Isso mesmo, músculos abdominais enfraquecidos!
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Respiração errada
Quando respiramos, o diafragma entra em ação. Se ele não é acionado corretamente durante o ato, podemos sentir a barriga expandida. Por isso, Veve Fit explica que o ideal é trabalhar para que a inspiração e a expiração usem bem a caixa torácica — ou seja, a barriga não pode crescer durante o movimento, e sim o peito.
Outro ponto muito importante é saber respirar nos exercícios, principalmente aqueles que exigem muita força (como a musculação). “Muitas vezes, eles podem até piorar o volume abdominal, uma vez que é exercida pressão para fora da barriga”, afirma a especialista.
Portanto, evite movimentos nos quais você não consegue conter a parede abdominal. Por exemplo: quando você faz agachamento, sente que a barriga estufa? Então, tente aprender primeiro como contrair o abdômen e respirar corretamente antes de pegar mais peso.
Diástase abdominal gera a barriga pochete
A diástase atinge sobretudo mulheres que já foram mães. Contudo, pode acometer também homens, crianças, adolescentes, atletas…
Trata-se de um afastamento do reto abdominal (uma estrutura que compreende um par de músculos que atravessam verticalmente o centro da nossa barriga). “Então, como esses músculos se separam, todo o volume do abdômen é projetado para frente. E isso gera um estufamento, uma protusão”, explica a profissional.
Ela complementa que 10% dos casos de diástase exigem cirurgia de correção. Mas a grande maioria (90%) pode ser resolvida com exercícios específicos de reabilitação. O hipopressivo, por exemplo, é um método que envolve práticas de respiração, sucção abdominal e postura para fortalecer a região e diminuir o problema.
Ficou curioso? Veja, então, um movimento que Veve Fit ensina para iniciantes:
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Fonte: Veve Fit, educadora física especialista em barriga negativa e diástase feminina.