Cinta para diástase funciona? Especialista alerta para riscos

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18 de Abril, 2022
Bárbara Shibuya Alves
Revisado por
Enfermeira • Coren-SP 752311
Cinta para diástase funciona? Especialista alerta para riscos

O corpo pós-parto muda bastante, e alguns aspectos podem afetar a autoestima da mulher. A diástase abdominal é um deles — o problema provoca o afastamento dos músculos abdominais e aumenta o volume na região da barriga. Por isso, algumas mães recorrem à cinta modeladora para amenizar a diástase, mas a verdade é que o acessório não funciona, e pode até piorar a condição. Entenda melhor:

Cinta para diástase funciona?

De acordo com a educadora física e especialista em diástase Gizele Monteiro, pelo fato de a cinta “apertar” a barriga, a mulher pode ter a sensação de que os músculos estão voltando ao lugar. Contudo, o que acontece é o contrário: o objeto pode piorar o afastamento dos músculos do abdômen.

“Quando a mulher opta pela cinta, o que acontece é que a musculatura deixa de trabalhar e, consequentemente, de se fortalecer. Então, vai ficando cada dia mais fraca”, diz.

E essa fraqueza muscular provocada pelo uso da cinta deixa a barriga ainda mais “estufada”. “Quando a mulher tira a cinta, a barriga está inchada e caída. Esse é o efeito que eu chamo de efeito Cinderela”, garante.

Muitas mulheres acreditam que o uso da cinta melhora a flacidez abdominal. “Não é verdade. O uso da cinta não acelera o processo de firmar a barriga nem fecha uma diástase justamente porque o músculo não foi trabalhado”, diz Gizele Monteiro.

Leia também: Diástase abdominal: Melhores exercícios para tratar

Cinta para diástase funciona? Efeito das calcinhas de compressão

Antes, muitas mulheres usavam cinta no pós-parto por indicação médica a fim de amenizar a sensação de “órgãos soltos”. Entretanto, atualmente nem mesmo os médicos têm indicado o uso do acessório: ele está sendo substituído pelas calcinhas de alta compressão.

“Essas calcinhas de indicação médica são melhores tanto no formato, quanto no tecido e na compressão. Já as cintas comerciais alcançam apenas a cintura e a espremem, forçando os órgãos para baixo. Isso pode, inclusive, provocar incontinência urinária (perda involuntária de urina).”

O que, de fato, melhora a diástase?

A especialista afirma que a maioria das mulheres consegue evitar a diástase com alguns cuidados depois da gravidez. “Com exercícios certos, é possível deixar os músculos fortes. Desse modo, a barriga volta de maneira mais rápida”, garante. Os movimentos focam na volta das costelas, na reorganização postural e no fortalecimento abdominal e pélvico.

Fonte: Gizele Monteiro, educadora física e especialista em diástase abdominal.

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