Incontinência urinária em mulheres: condição atinge mais de 70% do público feminino

Saúde
10 de Março, 2022
Incontinência urinária em mulheres: condição atinge mais de 70% do público feminino

Pouca gente sabe, mas a incontinência urinária em mulheres são maioria. Dessa forma, a condição atinge duas vezes mais que os homens e, embora seja considerada de baixa gravidade, pode comprometer a vida social até mesmo de jovens adultas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 72% das mulheres no mundo. Além disso, cerca de 20% dos casos de incontinência são em mulheres adultas, e em idosas pode chegar a 50%.

As causas da incontinência urinária em mulheres

A incontinência urinária se caracteriza pela perda involuntária de urina e conta com três tipos: a de esforço, quando há perda de urina em atividades que contraem a região do abdômen, como tossir, espirrar, rir e fazer atividade física de alto impacto. A de urgência, por sua vez, ocorre quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo no banheiro. Por fim, a mista, mais comum em idosos, pessoas com diabetes e pessoas com lesões na coluna/medulares. 

Dentre as causas mais comuns estão alterações hormonais, enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, seja pelo envelhecimento, por uma (ou mais) gestação, tabagismo, lesões ou mesmo pela prática de exercícios físicos de alto impacto ou de forma inadequada.

Tratamento

De acordo com a ginecologista Nathalie Raibolt, o número de casos de incontinência urinária em mulheres pode ser ainda maior, uma vez que muitas mulheres com perda urinária não buscam tratamento para o problema, por achar que é um problema comum do envelhecimento e que, por isso, devem aprender a conviver com ele. A médica alerta, no entanto, que existem tratamentos simples e eficazes que podem melhorar muito a qualidade de vida da paciente.

“É uma doença totalmente tratável, mas poucas mulheres procuram por tratamento, na maioria das vezes por vergonha ou por achar que faz parte do envelhecimento, mas existem muitos casos em jovens, principalmente mulheres atletas. Também é muito comum a mulher relatar uma leve perda urinária no consultório, mas dizer que não se importa. Acontece que, muitas vezes, a falta de tratamento leva a uma piora que acaba comprometendo a vida social. Uma roupa molhada, um odor de urina, tudo isso causa constrangimento e, portanto, a doença não deve ser negligenciada”, ressalta a ginecologista.

Fisioterapia e medicações são alguns dos tratamentos pouco invasivos que costumam ter bons resultados. “A mulher acaba deixando de dançar, de brincar com o filho, de praticar um esporte que gosta. Por isso, o problema não deve ser ignorado. Mesmo nos casos em que a cirurgia é indicada, o procedimento é relativamente simples e de baixo risco”, explica Nathalie Raibolt.

Dessa forma, completa a especialista, o tratamento depende das causas da condição. Quando incontiência urinária é causada por bexiga hiperativa, por exemplo, o tratamento é feito com medicação. No entanto, quando é relacionado à fraqueza muscular, a fisioterapia pélvica pode resolver o caso, ou a cirurgia de correção. “O importante é que a mulher busque tratamento e converse com o médico”.

Fonte: Dra. Nathalie Raibolt, ginecologista.

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