Banheiro infantil: como adaptar o espaço para as crianças
Os pequenos precisam de autonomia, praticidade e segurança no banheiro. Para quem pretende iniciar um projeto do lugar ou adaptar o de casa para eles, é importante planejar um banheiro infantil seguro. Por isso, Renata Borges, arquiteta e professora de arquitetura na Estácio Carapicuíba, dá dicas de como aderir a esse modelo.
Com a correria das crianças por todos os locais, é bom ter bons pisos, principalmente no banheiro, para evitar escorregões e quedas. A arquiteta diz que os pisos devem estar de acordo com a regra técnica dos fabricantes.
“Sempre recomendo que mesmo nos banheiros que não haja chuveiros, seja utilizado piso adequado para áreas molhadas, porque os pequenos muitas vezes derrubam água no piso ao usar a pia. Para isso, ao escolher o piso devemos levar em conta um coeficiente de atrito superior a 0,4 (esta informação deve estar disponível na embalagem do produto)”, diz.
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Como as torneiras e outros itens do banheiro não ficam ao alcance das crianças, a dica é simples: use escadas para crianças que suportem o peso das mesmas e que tenham degraus antiderrapantes. Além disso, preze sempre pela leveza do objeto. Dessa forma, as crianças têm a liberdade de levar o objeto para lugares diferentes.
Para deixar o espaço mais atrativo para o banho, Borges afirma que um tema diferente deixa as crianças mais confortáveis. “É possível utilizar imagens de seus personagens preferidos com adesivos apropriados. Podemos utilizar nichos nas paredes, que evitam acidentes, para guardar brinquedos e livros próprios para a hora banho também”, conta.
Dicas e o que não pode faltar no banheiro infantil
Borges diz que é importante ter atenção com a altura da pia. Afinal, as crianças podem acabar colocando o peso na bancada. Isso pode fazer com que o item desloque ou até caia. Ter cuidado com os objetos ao alcance da criança, tanto na bancada quanto nos armários, evita problemas como uso indevido e machucados ou cortes.
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“Temos no mercado, privadas específicas para uso infantil, com dimensões apropriadas para evitar quedas. Além, claro, de evitar as famosas quinas vivas, que são os cantos pontiagudos que podem ser alvo das cabeças dos pequenos. A circulação precisa de atenção: é preciso espaço suficiente sem esbarrões”, ressalta.
Por fim, a arquiteta relembra que cores, formatos e texturas ajudam no desenvolvimento das crianças. Sendo assim, é bom escolher revestimentos de diversas cores; acessórios diferentes com formas variadas e objetos com os personagens favoritos da criança.
“É possível escolher a paleta de cores baseada nos personagens também. O uso de adesivos próprios para áreas úmidas também é uma opção versátil. Eles podem ser renovados de tempos em tempos, sem quebrar nada”, completa.