Banco de colágeno: o que é e como fazer?
E se a gente pudesse ter um banco que “estocasse” o nosso colágeno? Muita gente adoraria, uma vez que essa proteína estrutural é responsável, entre outras coisas, por garantir uma pele mais firme, cabelos mais bonitos e unhas mais fortes! Contudo, e infelizmente, a produção dessa substância pelo organismo começa a cair conforme a idade avança.
Mas de acordo com o dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, isso já é possível! Confira mais a seguir:
Afinal, o que é o banco de colágeno?
O banco de colágeno é uma estratégia usada por dermatologistas que atuam nessa área, conforme explica Lucas Miranda. “Indicamos para pacientes que ainda são jovens, mas se preocupam com o processo de envelhecimento e querem retardá-lo.”
A partir dos 30 anos, perdemos cerca de 1% de colágeno ao ano, e as mulheres apresentam outra estatística ainda mais cruel. Nos primeiros cinco anos após a menopausa, elas perdem cerca de 30% de colágeno. “Para que consigamos envelhecer bem, é preciso que tenhamos bastante colágeno quando jovens para que cheguemos lá na frente melhor ainda.”
Segundo Lucas, para criar um banco com a proteína, “é possível utilizar a tecnologia dos bioestimuladores de colágeno — o quanto antes, por volta dos 25 a 30 anos — para que o processo de envelhecimento seja retardado.”
Os bioestimuladores são substâncias desenvolvidas especialmente para estimular a produção de fibras de colágeno nas regiões onde são aplicadas. “São totalmente compatíveis com a pele e são reabsorvíveis. Por se decomporem totalmente, não oferecem riscos ao organismo. Suas principais vantagens são o estímulo da produção de colágeno, a reposição do volume, a suavização dos sinais de envelhecimento e a melhoria dos quadros de flacidez.”
Os resultados, de acordo com o dermatologista, são evidentes já a partir da segunda sessão, geralmente dois meses após o início das aplicações, e permanecem por até dois anos.
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Equilíbrio hormonal
De acordo com a nutricionista Patrícia Soares Alves Lara, sócia-fundadora da Clínica Soloh de Nutrição, outro aspecto que precisa ser levado em conta em relação aos níveis de colágeno do corpo é o funcionamento da glândula tireoide.
“Na pele, os hormônios tireoidianos atuam em vários aspectos. Como na regulação da proliferação e da diferenciação celular, na síntese e degradação de colágeno e elastina e na produção de sebo.”
Segundo a nutricionista, esses hormônios estimulam a proliferação de queratinócitos, isto é, células que compõem a camada externa da pele, e também promovem a diferenciação dessas células em queratinócitos maduros.
Isso ajuda a manter a integridade da barreira cutânea e protege a pele contra o ressecamento e a perda de água. Por influenciarem na síntese e degradação de colágeno e elastina, ela explica, “baixos níveis de hormônios tireoidianos podem levar a uma diminuição na síntese dessas proteínas, o que resulta em flacidez e enrugamento da pele.”
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Fontes:
- Lucas Miranda, médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e que atua com prevenção e tratamento dos sinais estéticos do envelhecimento;
- Patrícia Soares Alves Lara, especialista em oxidologia e bioquímica celular com aperfeiçoamento em medicina biomolecular, regenerativa e anti-aging, sócia-fundadora da Clínica Soloh de Nutrição.