Antibióticos param de fazer efeito a partir dos 30 anos?

Saúde
22 de Setembro, 2022
Antibióticos param de fazer efeito a partir dos 30 anos?

A alta frequência do uso de antibióticos durante a infância e adolescência e a automedicação podem levar à resistência a antibióticos ao longo da vida, bem como uma redução na eficácia do remédio. Mas será que os antibióticos param de fazer efeito a partir dos 30 anos?

Sim, de acordo com a clínica-geral do Hospital Edmundo Vasconcelos, Lígia Brito. Por isso, o ideal é optar por opções mais fortes da medicação para pacientes a partir dessa faixa etária. “O problema não é a idade, mas a frequência e o volume do medicamento usados ao longo da vida. Sabemos que, na maioria das vezes, o antibiótico usado por um adolescente de 15 anos não terá a mesma resposta quando usado por um adulto de 30 anos, pois a probabilidade de resistência é maior. Por isso, analisamos o tipo de infecção e a idade para prescrever o medicamento mais indicado”, explica a médica. 

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Antibióticos depois dos 30 param de fazer efeito: como diagnosticar?

O hábito da automedicação é comum entre a população brasileira. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) em 2019, 77% dos entrevistados responderam ter feito uso de medicamentos sem prescrição médica no período dos seis meses anteriores à pesquisa. Além disso, uma fatia de 47% respondeu que a prática é ainda mais comum e que ocorre pelo menos uma vez por mês.

Segundo Lígia Brito, essa realidade leva ao tratamento incorreto de diversas doenças e até a complicações mais graves. “Apesar de os antibióticos exigirem prescrição médica, ainda há o uso indiscriminado que acarreta ao tratamento inadequado e a possíveis complicações como lesões no rim e fígado e, de fato, ao desenvolvimento da resistência às bactérias e o surgimento de bactérias multirresistênticas, conhecidas como superbactérias que não são sensíveis às opções que existem no mercado”, alerta a clínica-geral. 

Por fim, o diagnóstico, além do processo clínico, ocorre com o auxílio de exames de cultura e antibiograma. Esse último, por exemplo, identifica qual antibiótico é sensível ou resistente à bactéria em questão. “Somente o médico pode identificar se a doença surgiu por uma bactéria e se já existe uma resistência a algum tipo de medicamento. Por isso, sempre que existir sintomas mais persistentes ou qualquer dúvida é indicado procurar um especialista”, conclui.

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Fonte: Dra. Lígia Brito, clínica-geral do Hospital Edmundo Vasconcelos.

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