Alimentos embutidos: O que são e como são feitos
Os alimentos embutidos são geralmente repletos de aditivos químicos para que possam ser conservados por um tempo mais longo. Por isso, eles são altamente processados e costumam conter também conservantes, emulsificantes, estabilizantes, ligantes e demais substâncias artificiais em sua composição.
Não só, os embutidos são produzidos a base de carnes, muitas vezes misturando carnes de diferentes tipos (exemplo: bovina e suína) em um mesmo produto. Os mais populares são presunto, mortadela, peito de peru, linguiça, salsicha, salame, apresuntado e muitos mais.
Esses elementos são triturados, homogeneizados e embutidos sob pressão ou acondicionados em tripas naturais ou artificiais, utilizadas para protege-los das influências externas, ao mesmo tempo que lhe dá forma e estabilidade.
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Alimentos embutidos x alimentação saudável
Embutidos são parte do grupo das carnes processadas. Segundo a OMS, a Organização Mundial da Saúde, o consumo recorrente de carnes processadas está diretamente relacionado ao maior risco de desenvolvimento de câncer.
Para a OMS, considera-se como carne processada todo tipo de carne transformada a partir da adição de sódio ou que tenha sido curada, fermentada, defumada ou tenha passado por qualquer processos cuja finalidade é adicionar sabor ou aumentar seu tempo de preservação.
A princípio, as evidências científicas coletadas indicam que os tipos de câncer mais relacionados ao consumo de alimentos embutidos são: câncer colorretal, câncer de pâncreas e câncer de próstata.
Não só, alimentos ultraprocessados também impactam negativamente a saúde cardiovascular, em especial devido à presença de sódio nesses produtos. Por isso, os embutidos, se consumidos com grande frequência, podem levar ao aumento do risco de pressão arterial elevada (hipertensão). Isso estende-se para além dos embutidos e vale também para outros produtos processados, como comidas congeladas, temperos industrializados, salgadinhos, fast food e frituras. Não só, refrigerantes e sucos artificiais entram na lista.
Por isso, é importante evitar o consumo desses alimentos quando possível e priorizar uma alimentação limpa, nutritiva e rica em alimentos naturais (preferencialmente orgânicos) e livres de químicos, como é o caso dos alimentos clean label.
Mas peito de peru não é saudável?
Durante muito tempo, o peito de peru foi apontado como protagonista de uma alimentação saudável. Além disso, já foi figurinha carimbada no café da manhã e lanche de quem estava tentando emagrecer. Porém, nos últimos tempos, o alimento foi jogado para escanteio, sendo classificado, inclusive, como um vilão da saúde perda de peso.
Apesar de ser magro (possuir baixo teor de gorduras) e light, ele é um alimento embutido. Desse modo, é rico em corantes,conservantes, vários aditivos químicos e sódio, não devendo fazer parte da alimentação habitual.
Da mesma maneira, outro item presente em abundância no alimento é o sódio. Para se ter uma ideia, uma porção de duas fatias de peru pode apresentar até 500 mg de sódio, que representa cerca de um terço do valor total recomendado ser ingerido durante todo o dia. O sódio é sim um elemento essencial para um bom funcionamento fisiológico. Entretanto, seu excesso está relacionado a doenças cardiovasculares e sobrecarga renal.