Alimentação da gestante e lactante: o que comer e o que não comer
Entre os cuidados da maternidade, uma alimentação adequada é ponto-chave para garantir o desenvolvimento saudável de mãe e filho. Mas você sabe o que priorizar e o que é melhor evitar no cardápio durante a gestação e a amamentação? Por isso, nós listamos a seguir sete dicas para extrair dos alimentos o máximo de proveito durante essas fases que demandam tanta energia! Confira como deve ser a alimentação da gestante e lactante.
7 dicas para a alimentação da gestante e lactante
1. Quanto mais natural, melhor
Para garantir o combo prevenção de doenças, aumento adequado de peso e desenvolvimento saudável do bebê, priorize no cardápio tudo o que for natural. Até porque é na própria natureza que a gente encontra os nutrientes mais importantes nessas fases. Além disso, a vitamina A, fundamental para o bom funcionamento do organismo dos pequenos, está presente na abóbora, no leite (inclusive no leite materno!), na cenoura e no mamão.
Vitamina B12 e ômega 3 são outra dupla que não pode ficar de fora do prato. Alimentos como nozes, abacate, linhaça e azeite carregam esses componentes. Assim, para completar, cálcio, ácido fólico e zinco dão aquela força para a saúde do bebê. A dica é apostar em opções como vegetais verde-escuros, gergelim e feijão.
Dica: varie, faça um prato colorido e dê bastante espaço para os vegetais. Pois, o ideal, ainda, é preparar os próprios alimentos ou comprar o que for comer de estabelecimentos com origem conhecida. Isso evita toxinas e bactérias e garante um preparo mais saudável. E antes de recorrer a suplementos, converse com o seu médico, ok?
2. Ultraprocessados? Melhor repensar
Não é novidade pra ninguém que alimentos ultraprocessados fazem um mal danado pro organismo. Ricos em aditivos químicos, açúcares e gorduras, eles acarretam no ganho de peso e ainda favorecem o aparecimento de doenças. Sem contar que são muito pouco nutritivos… Então a dica é evitar.
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3. Alimentação da gestante e lactante: Saiba a procedência
Você já ouviu aquela história de que gestante não pode comer comida japonesa? Então, na verdade, o que vale é saber a procedência do que vai ser ingerido para evitar intoxicações, em especial se os alimentos forem consumidos crus, como é comum na culinária oriental com os peixes.
Outro ponto a se avaliar é a presença de mercúrio nos peixes. Assim, atum, robalo e garoupa, por exemplo, estão entre as espécies com maiores concentrações do metal, que em grandes quantidades prejudica a formação do sistema nervoso do bebê. Dessa maneira, a orientação é que a gestante controle a ingestão desses alimentos.
4. Coma fracionadamente
Azia e enjoos são desconfortos comuns durante a gravidez, mas comer de maneira fracionada pode evitá-los. Além disso, a prática deixa a mulher saciada o dia todo, ajudando a controlar o peso, e mantém as taxas de açúcar no sangue estáveis. Então nada de exagerar em uma refeição ou passar longos períodos em jejum, combinado?
5. Hidrate-se
O consumo de água em níveis adequados é fundamental sempre. Na amamentação então esse cuidado é mais importante ainda, já que 80% do leite materno é composto por água, o que demanda uma hidratação e tanto da mulher! Dessa forma, carregue uma garrafinha para onde for.
6. Alimentação da gestante e lactante: de olho na cafeína e no álcool
Os especialistas são categóricos: nada de álcool durante a gravidez e a amamentação. Pois, o bebê pode vir a sofrer com problemas de crescimento e até danos cerebrais se exposto à substância. Tanto que os médicos alertam para a síndrome alcoólica fetal (SAF), que se refere justamente aos defeitos que a criança pode ter relacionados ao álcool.
A cafeína, por outro lado, divide opiniões. Há profissionais que orientam tolerância zero com a substância, enquanto outros liberam um consumo moderado para mulheres que já estão habituadas com o cafezinho. A questão é que a cafeína é estimulante, o que pode trazer efeitos negativos ao bebê. Então sem exageros (e lembre-se de que a cafeína também está presente em alguns chás, refrigerantes e chocolates, hein? Converse com o seu médico).
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7. Tem alguma restrição? Consulte um nutricionista
Por fim, caso a mulher siga alguma alimentação específica como a vegetariana ou a vegana, o ideal é consultar um nutricionista para indicar os melhores alimentos dentro dessas dietas que supram todas as necessidades de mãe e filho. E mesmo mulheres que não tenham restrições podem se beneficiar do acompanhamento com esse profissional, que contribui com escolhas mais saudáveis para todas as fases da vida.
Fonte: Natacha Martin (CRN-3 54258) é nutricionista clínica e materno infantil. Atua na clínica Nutricilla.