Entenda a importância da água para ganhar massa muscular

Alimentação Bem-estar
14 de Junho, 2022
Entenda a importância da água para ganhar massa muscular

A água é considerada um dos elementos mais importantes para a saúde geral do nosso organismo. Não à toa, já que nosso corpo é constituído em grande parte por ela (cerca de 55 a 60% do peso corporal de um adulto saudável!). Além disso, cérebro, pulmões, coração e rins são bons exemplos da importância vital da água, já que todos possuem mais de 70% de água em suas composições. O músculo não fica para trás, e também concentra grandes quantidades do líquido (aproximadamente 75% de sua composição). É por isso que beber água adequadamente é extremamente importante para quem tem o objetivo de ganhar massa muscular.

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Por que a água é importante para ganhar massa muscular?

A maioria de nós é capaz de lembrar a sua estrutura molecular — o famigerado H20. A água tem características físicas e químicas que permitem que a vida aconteça. Entre as inúmeras funções da água no organismo humano, podemos destacar o seu papel no metabolismo, por exemplo.

É no meio aquoso que as reações bioquímicas acontecem no nosso corpo, inclusive aquelas que resultam na liberação de energia para o exercício. É interessante notar que o glicogênio (forma como armazenamos os carboidratos para que depois sirvam como combustível para o exercício) é estocado nos músculos na companhia de uma boa quantidade de água. O que facilita a ação das enzimas necessárias para abastecer os músculos com energia.

A água também exerce um papel de transporte. É na circulação sanguínea (lembrando que o sangue é 90% água) que ocorrem as trocas de nutrientes, hormônios e oxigênio entre os diferentes tecidos e órgãos. É também a partir da filtração do sangue que os rins fazem a eliminação de subprodutos do nosso metabolismo.

A regulação da temperatura corporal também se dá através da água contida em nosso organismo. Por ter uma alta capacidade de conduzir a temperatura, é pela evaporação do nosso suor que eliminamos o calor produzido durante o exercício, mantendo a temperatura do corpo dentro de limites fisiológicos.

Por isso, é fácil entender que manter-se hidratado é importante. Perdas relativamente pequenas, como a redução de 2% no conteúdo de água do nosso corpo, já são suficientes para comprometer o desempenho físico e até mesmo o cognitivo!

Volume ideal

A esta altura, você deve estar se perguntando: ok! Mas de quanta água eu preciso?

Sem dúvidas, essa é uma excelente questão. A resposta, contudo, é mais complicada do que gostaríamos. De maneira (bastante) geral, um indivíduo deveria ingerir entre dois e três litros de água por dia.

É importante lembrar que nem toda água precisa vir da ingestão de líquidos necessariamente. Isso porque os alimentos que comemos ao longo do dia também contêm água em suas composições. Entretanto, as necessidades variam em função de fatores como idade, sexo, dimensão e composição corporais, estado de saúde, região geográfica (sim! O clima é um fator determinante para o estado de hidratação) e nível e tipo de atividade física praticada.

Especificamente quando consideramos a relação entre ingestão hídrica e ganho de músculos, é importante termos em mente que para contrair os seus músculos e se mover, você precisa de água! Desse modo, a desidratação pode, por exemplo, implicar na privação de eletrólitos para os músculos, comprometendo a sua capacidade de produzir força.

Assim, se você quer otimizar o seu desempenho físico e construir músculos, é essencial que você se mantenha hidratado! Neste caso, a ciência ainda não determinou se mais água ingerida se traduz em mais hipertrofia.

Mas o que podemos dizer a respeito é que a deficiência na ingestão de líquidos compromete seus ganhos, afetando, também, o desempenho e as reações metabólicas dependentes de água. Consulte o seu nutricionista para determinar a quantidade ideal de água que você precisa ingerir por dia!

Fonte: Dr Hamilton Roschel, nutricionista e fisiologista do exercício, professor associado da Universidade de São Paulo (USP) e membro do comitê científico do ILSI Brasil.

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