Adoçante na gravidez é permitido? Especialista responde
A alimentação da gestante é um pilar muito importante para o correto desenvolvimento do bebê. E por ser uma fase mais delicada, a mulher precisa evitar o consumo de alguns itens que podem prejudicar esse processo. É por isso que surgem muitas dúvidas a respeito do assunto, como o é o caso do adoçante na gravidez. Afinal, ele é permitido?
Adoçante na gravidez
“As grávidas podem sim fazer o uso de adoçantes, porém, com moderação. A recomendação é sempre usar com controle e cautela”, explica a ginecologista e obstetra Elis Nogueira de Fávero.
Isso porque os estudos ainda não são totalmente conclusivos, e a maioria foi feita apenas em animais. Ainda de acordo com a especialista, o Food and Drug Administration (FDA) libera o uso de cinco tipos:
Acesulfame-K
“Não causa danos à mãe e ao bebê, pois contém um composto que não é metabolizado pelo organismo humano, sendo eliminado na urina.”
Limite diário recomendado pela Anvisa: 15 mg por quilo de peso corporal da mãe
Sacarina
A sacarina é mais um dos inúmeros substitutos para o açúcar convencional. Consiste em, resumidamente, um adoçante artificial e não-nutritivo. Evidências científicas dizem que seu uso é seguro, ou seja, não tende a ferir a saúde de quem a consome.
Limite diário recomendado pela Anvisa: 5 mg por quilo de peso corporal da mãe.
Adoçante aspartame na gravidez
“Comumente encontrado em guloseimas e bebidas, deve ser evitado por pessoas que sofrem de fenilcetonúria (doença hereditária), pois dificulta a decomposição da fenilalanina, aminoácido contido no aspartame e cujo acúmulo pode causar retardo mental no bebê.”
Limite diário recomendado pela Anvisa: 40 mg por quilo de peso corporal da mãe.
Sucralose
“Quase toda a sucralose é eliminada na urina, e portanto, não causa danos ao bebê e à mãe.”
Neotame
“Mais potente que o aspartame, esse tipo de adoçante é mais voltado para o uso industrial.”
Adoçante na gravidez: e o stévia?
“Aqui no Brasil, um adoçante muito usado é o Stévia: natural e extraído de frutas e de plantas. Apesar de descrito como produto natural, não há estudos que comprovem que é seguro para a ingestão durante o período gestacional”, afirma a médica.
Fonte: Elis Nogueira de Fávero, médica ginecologista e obstetra, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e parte do corpo clínico dos hospitais e maternidades São Luiz, Pro Matre, Santa Joana, Albert Einstein, Santa Catarina, e Vila Nova Star.