20 semanas de gestação: como está o bebê nessa fase?
Durante a gravidez, a animação para a chegada do bebê é tanta que a futura mamãe conta os dias até o parto. Com 20 semanas de gestação, por exemplo, é marcado o fim do quinto mês, uma fase muito importante por diversos motivos.
Membros como bracinhos, pernas e mãos já estão completamente formados, e a partir desse momento, o pequeno ganhará cada vez mais peso. Por isso, exames como o ultrassom morfológico são essenciais nessa etapa, além de muito aguardados pela família — já que, com ele, é possível ver os detalhes do feto.
20 semanas de gestação: como está o crescimento do feto?
O Dr Leonardo Valladão, ginecologista e obstetra da clínica Parto com Amor, explica que, com 20 semanas de gestação, o bebê atinge cerca de 20 centímetros de comprimento — o tamanho de uma banana. Além disso, ele pode pesar aproximadamente 300 gramas.
A mulher também percebe mudanças no tamanho e no formato da barriga nessa semana. “Geralmente, o fundo uterino encontra-se na altura da cicatriz umbilical. Desde o início da gestação, a grávida que tinha peso dentro do normal (IMC entre 18,5 e 24,9) engorda 1,6kg em média no 1° trimestre, e 0,4 kg por semana no 2° trimestre”, explica o médico. Isso quer dizer que a mãe terá engordado cerca de 4,8kg.
Todos os órgãos fetais já estão formados. Agora, eles aumentam de tamanho e volume e têm suas funções fisiológicas cada vez mais aprimoradas. O feto, por exemplo, passa a engolir mais líquido do que antes como uma espécie de “treino” para o seu sistema digestivo. Por isso, há o início da produção de mecônio (acúmulo de secreções e líquido amniótico no intestino do bebê, que é eliminado logo após o parto).
Ademais, alguns fios de cabelo podem ficar evidentes. O bebê fica mais ativo dentro da barriga, mexendo-se e virando para os lados.
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Mudanças no corpo da mãe
Com o pequeno enérgico, a mulher sente a movimentação fetal — um marco muito especial para os pais.
“Sintomas como náuseas e vômitos cessam, mas surgem gases intestinais e intestino preso. Além disso, algumas contrações indolores e esporádicas passam a ser percebidas”, complementa o Dr Leonardo Valladão.
Quais exames fazer?
Nessa fase, devem ser realizados, segundo o médico:
- Novos exames de sangue (hemograma, hiv, sífilis, toxoplasmose) e urina (urocultura e urina tipo 1/EAS);
- Também é o momento da realização do ultrassom morfológico do 2° trimestre (entre 20 e 24 semanas), que avalia toda anatomia fetal a fim de diagnosticar malformações;
- “Junto do morfológico, é realizado um ultrassom transvaginal para a medida do colo uterino e para rastrear gestantes com maior risco de parto prematuro.”
Perguntas frequentes
Qual vacina tomar com 20 semanas de gestação?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), indicam-se as seguintes vacinas a partir da 20ª semana:
- Tríplice bacteriana (dTpa): protege contra difteria, tétano e coqueluche. Geralmente em uma dose;
- Dupla bacteriana do tipo adulto (dT): protege contra difteria e tétano. A quantidade de doses (uma ou duas) e o intervalo entre elas pode mudar de acordo com o histórico de vacinação da grávida (assim como as distâncias entre a dTpa e a dT);
- Influenza: dose única anual em qualquer momento da gravidez. Em situação epidemiológica de risco, especialmente para gestantes imunodeprimidas, pode ser considerada uma segunda dose 3 meses após a dose anual;
- Covid-19: é recomendada a aplicação dessa vacina em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres no puerpério (até 42 dias após o parto). São indicadas duas doses, mais a dose de reforço quatro meses depois. Além disso, as mulheres devem evitar os imunizantes que contêm vetor viral;
- Hepatite B: aplicada a partir do segundo trimestre se a grávida não tiver sido anteriormente vacinada ou for suscetível à infecção. São três doses, com um esquema de intervalo 0 – 1 – 6 meses.
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O que comer com 20 semanas de gestação?
Uma alimentação adequada durante a gravidez vai proporcionar todos os nutrientes necessários para o correto desenvolvimento do bebê, assim como para a saúde adequada da mãe. Desse modo, é possível prevenir complicações como hipertensão, diabetes gestacional, ganho de peso excessivo e parto prematuro.
Por isso, em toda a gestação, a mulher deve priorizar alimentos in natura, por exemplo: vegetais, frutas, legumes, grãos, proteínas magras e água. Por outro lado, itens como álcool, carnes e peixes crus, doces, ultraprocessados e outros produtos ricos em conservantes e corantes precisam ser evitados e/ou diminuídos.
Além disso, é muito importante contar com um acompanhamento médico ou nutricional para possíveis suplementações de vitaminas e minerais.
Fonte:
- Dr Leonardo Valladão (CRM: 112961), médico ginecologista e obstetra da clínica Parto com Amor.
Referências: