Vitiligo e estresse: Entenda a relação

Saúde
03 de Agosto, 2021
Vitiligo e estresse: Entenda a relação

O vitiligo é caracterizado pela perda de coloração da pele por conta de lesões que se formam a partir da ausência de melanócitos (células que produzem melanina). Pode levar a uma desfiguração estética, com a possibilidade de causar prejuízos psicossociais na vida de quem sofre com a doença. Mas qual é a relação do vitiligo com o estresse?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, as causas do vitiligo não estão claramente estabelecidas. Mas há alguns fenômenos autoimunes associados ao quadro, assim como alterações e traumas emocionais também se encontram entre os possíveis causadores da doença.

Sintomas do vitiligo

Em primeiro lugar, é preciso salientar que, quanto antes os sintomas forem detectados, mais rápida será a busca por ajuda. Especialmente no que diz respeito ao nível emocional. Em geral, deve-se procurar um dermatologista, que irá determinar o tipo da doença em questão, que se divide em dois: vitiligo segmentar/unilateral, que atinge apenas uma parte do corpo; ou, então, segmentar/bilateral, quando afeta os dois lados do corpo.

A maior parte dos pacientes só apresenta sintomas relacionados ao surgimento de manchas brancas na pele. Mas pode haver, em alguns casos, dor ou certa sensibilidade nas regiões. Além da análise clínica, exames sanguíneos ajudam a detectar se o paciente também sofre com outras doenças autoimunes. Geneticamente, sabe-se que por volta de 30% de quem tem vitiligo tem histórico familiar da doença.

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Estresse e problemas emocionais causados pelo vitiligo

Se o estresse pode ser uma das causas do desenvolvimento do vitiligo em pessoas predispostas geneticamente, pode-se dizer que o vitiligo também atua como fator de grande estresse emocional para quem já está com a doença.

“Um fator que contribui para um impacto prejudicial de quem sofre com o vitiligo é que a doença afeta apenas 1% da população mundial. Com isso, mais de 75% dos pacientes passam a depreciar sua autoimagem por conta de sentimentos como vergonha, medo, tristeza e insegurança”, lista o psicólogo.

Fábio ressalta, então, a importância do acompanhamento psicológico, que traz como objetivo a prevenção do surgimento de novas lesões e tem o intuito de conseguir um melhor prognóstico no tratamento. Isso porque por conta das lesões que a doença provoca, a autoestima e a qualidade de vida sofrem um considerável impacto.

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Tratamentos

Quando o assunto é o tratamento do vitiligo, é preciso considerar que cada caso é um caso e deve ser avaliado pelos médicos. Segundo Fábio, é importante considerar sempre a relação entre corpo e mente. “Isso porque são visíveis os prejuízos relacionados à baixa autoestima, ansiedade e ao estigma social causados pelo vitiligo. Assim, além do acompanhamento médico, se faz mais que necessária a psicoterapia e, em casos específicos, o uso de ansiolíticos e antidepressivos.”

Do ponto de vista médico, atualmente há muitos tratamentos que ajudam a estabilizar as lesões e a repigmentar a pele, como fototerapia, laser, transplante de melanócitos, técnicas cirúrgicas e medicamentos que estimulam a repigmentação.

Fontes: Fábio Pedroso, psicólogo clínico.

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