Varizes em homens: conheça os sintomas e tratamentos
Apesar de ser mais comum entre as mulheres, as varizes em homens também é um problema recorrente e que afeta seriamente a saúde dos pacientes.
Prova disso é o levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde, que concluiu que uma a cada 15 pessoas do sexo masculino tem a doença.
De acordo com o médico vascular Gustavo Marcatto, contudo, este quadro ainda é visto como tabu pelos homens, fazendo com que muitos deles não busquem tratamento por medo, vergonha ou por falta de informação.
“As varizes podem afetar os homens, sim. E muitos deles têm medo de tratar por acharem que só a cirurgia resolve o problema. Porém, quanto mais demora o cuidado, mas complicado pode ficar o quadro”, ele afirma.
A seguir, o profissional esclarece as principais dúvidas sobre o assunto.
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Causas das varizes em homens
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, aproximadamente 38% da população geral brasileira sofre com as varizes. Destes, 45% são mulheres e 30% homens, de todas as faixas etárias.
O problema é ainda mais grave entre os idosos: 70% das pessoas acima dos 70 anos podem ter o quadro, segundo a pesquisa.
As varizes são aquelas veias superficiais dilatadas e tortuosas, mais comuns nos membros inferiores, que indicam problemas de circulação de retorno.
“Primeiro, surge um pequeno vasinho de cor azulada. Com o tempo, contudo, o aspecto pode se tornar mais grosso e isso também pode gerar dores e sensação de peso nos membros inferiores.”
Segundo o médico, os homens são menos propensos ao problema por causa dos hormônios, por não engravidarem e por terem uma musculatura dos membros inferiores naturalmente mais desenvolvidas do que a das mulheres.
“A principal causa das varizes masculinas, então, é a hereditariedade, além de fatores comuns como sedentarismo, obesidade ou o fato de permanecer muito tempo em pé ou sentados”, explica Marcatto.
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Principais sintomas
De acordo com o médico, os sintomas mais comuns das varizes são:
- Aparecimento de veias azuladas e muito visíveis;
- Agrupamento de pequenos vasos avermelhados;
- Sensação de peso nas pernas;
- Câimbras;
- Inchaço nas pernas, em especial ao final do dia;
- Sensação de pernas ardendo.
“Além de afetar a aparência, a doença causa inchaço, dor, cansaço e pode levar a feridas e até trombose”, completa o profissional.
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Tratamento para as varizes em homens
“As técnicas de tratamento para as varizes em homens e mulheres são as mesmas. Cada um com sua particularidade, mas, em geral, se mantêm os mesmos princípios”, aponta o médico.
Sendo assim, as orientações para tratar o problema começam na prevenção, mantendo os exames regulares e buscar um profissional em caso de possível origem hereditária.
“Desde aquele primeiro vaso que aparece, é importante que se faça uma consulta preventiva com o médico vascular para iniciar o tratamento o quanto antes. Essa é a medida mais efetiva para evitar o agravamento das varizes na maior parte dos casos”, aconselha Marcatto.
Já no caso daqueles pacientes que já convivem com o quadro, existem algumas opções de tratamentos, sendo a cirurgia a mais antiga e popular.
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Trata-se de um procedimento realizado por um médico especialista em cirurgia vascular, que remove os vasos que estão provocando as varizes mais superficiais.
Vale ressaltar que há diversos tipos de operações para este fim, como a cirurgia convencional, o laser transdérmico, o laser endovenoso, a escleroterapia com espuma e a escleroterapia líquida.
Contudo, de acordo com Marcatto, atualmente duas técnicas à laser têm se destacado por não serem invasivas e necessitarem de poucas sessões.
A primeira, chamada CLaCS (Cryo Laser & Cryo Sclerotherapy), é guiada pela realidade aumentada e identifica os vasos para utilizar a sinergia entre o laser e a escleroterapia.
“É um método seguro que evita em 85% os casos de cirurgia, eliminando as varizes e os vasinhos e sem necessidade de internação ou repouso”, ele explica.
Já a segunda se chama Endolaser e é indicada para varizes grossas e a veia safena.
“Antigamente, para tratar estes dois casos era preciso fazer cortes nas pernas e ficar mais de 30 dias de repouso. Hoje, com este método, não há necessidade. O paciente realiza o procedimento na própria clínica e volta para casa andando”, completa.
Fonte: Gustavo Marcatto, médico vascular, de São José do Rio Preto, São Paulo.