Vacinas de rotina diminuem risco de Alzheimer, diz estudo
Ter a carteirinha de vacinação em dia é essencial para cuidar da sua saúde – e a de quem está à sua volta. Os imunizantes protegem o organismo contra diversas doenças, e agora um estudo apontou que três vacinas de rotina podem ajudar a diminuir em até 30% o risco de Alzheimer nos idosos.
A pesquisa foi realizada na UTHealth Houston, nos Estados Unidos, e publicada na revista científica Journal of Alzheimer’s Disease. Saiba mais:
Vacinas e Alzheimer: quais são?
Tratam-se de três vacinas disponíveis no Brasil. Duas delas, aliás, fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação, proposto pelo Ministério da Saúde, e são oferecidas pelo SUS:
- Tdap (contra tétano, difteria e coqueluche) ou Td (contra tétano e difteria) – disponíveis no SUS;
- Pneumocócica (contra infecções bacterianas causadas pelos pneumococos, como a pneumonia) – também disponível no SUS;
- Contra herpes-zóster (HZ) – disponível no Brasil apenas na rede privada.
Esses imunizantes teriam como efeito indireto a diminuição do risco para Alzheimer em diferentes níveis. No caso da Tdap ou da Td, por exemplo, pacientes que receberam uma das duas apresentaram uma probabilidade 30% menor de desenvolver a condição depois dos 65 anos.
Já com relação à vacina contra herpes-zóster, ela estaria relacionada a 25% menos chances de aparecimento do Alzheimer após os 65 anos. Por fim, a vacina pneumocócica reduziria esse risco em até 27%.
Há um ano, os mesmos pesquisadores também fizeram uma descoberta parecida: eles perceberam que a vacina contra influenza (gripe comum) também diminui as chances de a doença aparecer após os 65 anos em 40%.
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Afinal, por que isso acontece?
Os cientistas não chegaram a uma conclusão sobre como acontece a ação “protetora” das vacinas no cérebro – já que a principal função delas é reforçar o sistema imunológico contra micro-organismos potencialmente maléficos.
Contudo, eles supõem que isso se deva a uma combinação de mecanismos: as vacinas provavelmente mudam a forma como o sistema imunológico responde ao acúmulo de proteínas tóxicas relacionadas ao Alzheimer. Assim, os “danos colaterais” nas células cerebrais seriam diminuídos.