Tumor de células de Merkel: sintomas, causas e tratamento

Existem vários tipos de cânceres de pele, e um deles é o tumor de células de Merkel. As células de Merkel são células neuroendócrinas da pele responsáveis pelo tato leve, como sentir texturas e detalhes de objetos. Concentram-se na epiderme, a camada superior da pele, e também atuam na produção de hormônios. 

Assim, o carcinoma de células de Merkel é um tipo de câncer que acontece quando estas células crescem fora de controle. Conhecido também como carcinoma neuroendócrino da pele ou carcinoma trabecular, trata-se de um tipo agressivo de câncer, porém bem raro. Geralmente, tem origem em áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço e braços. Porém, é comum que se espalhe para os linfonodos, aumentando, dessa forma, a probabilidade de se disseminar para outras partes do corpo. 

A seguir, a dermatologista Jaqueline Zmijevski, pós-graduada em Medicina Estética e membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, fala sobre esse tipo de tumor.

Sintomas 

O tumor de células de Merkel geralmente aparece na forma de nódulos duros ou um inchaço firme na pele, de aspecto brilhante e cor rosa, vermelha ou arroxeada. Estes sinais não causam dor ou sensibilidade – é o seu crescimento rápido que chama a atenção. 

De início, ele pode se parecer com diversos outros tipos de câncer ou até mesmo com outros problemas de pele, o que pode dificultar ou atrasar o diagnóstico. Por conta disso, a maioria dos casos, quando diagnosticados, já apresentam metástase.

Causas do tumor de células de Merkel

Cerca de 20% dos casos desse tipo de câncer acontecem em pessoas de pele clara que tiveram bastante exposição solar ao longo da vida. Além disso, um sistema imunológico debilitado por conta do envelhecimento natural do organismo, doença ou uso de medicamentos imunossupressores aumentam o risco do carcinoma de células de Merkel. 

Homens são ligeiramente mais afetados do que as mulheres, e a idade mais comum é entre os 60 e os 80 anos.

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Tratamento para tumor de células de Merkel:

Assim, a boa notícia é que esse tipo de carcinoma pode ser curável se for detectado e tratado numa fase precoce. Esse tratamento é feito com cirurgia ou radioterapia. Mas, em geral, ele progride rapidamente, com recidivas (retorno da doença) tanto no mesmo local quanto em outras partes do corpo. 

Mas, pessoas com tumores menores do que 2 centímetros e sem metástases para os gânglios linfáticos regionais têm uma taxa de sobrevida de 76% em 5 anos. Porém, se há metástase para um único gânglio linfático, a taxa de sobrevida é de 50% em 5 anos. Esse número diminui caso haja metástase para mais de um gânglio. 

Prevenção

Um sistema imunológico debilitado contribui bastante para o desenvolvimento e progressão do carcinoma de células de Merkel. Por isso, é essencial adotar um estilo de vida saudável para ajudar a manter a imunidade em dia. E, uma vez que a exposição ao sol também contribui de forma significativa para o desenvolvimento da doença, é importante evitar a exposição solar excessiva e em horários inadequados (entre as 10h e 16h). Assim, o uso regular de filtro solar, roupas de proteção UV, bonés, chapéus, etc, são sempre bem-vindos.

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