Trombectomia: SUS tem nova tecnologia para combater o AVC

Saúde
11 de Agosto, 2022
Trombectomia: SUS tem nova tecnologia para combater o AVC

Na quarta-feira, 10/08, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a trombectomia fará parte dos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento é específico para derrame e sugerido na fase aguda da condição. Consistindo na inserção de um cateter no vaso sanguíneo. Assim, removendo o bloqueio e restaurar o fluxo sanguíneo da região. 

A previsão é de que até o final de 2022 a técnica já tenha sido completamente incluída no sistema. A divulgação foi feita por Queiroga na abertura do Global Stroke Alliance – for Stroke without Frontiers, congresso médico que debate o Acidente Vascular Cerebral (AVC), em São Paulo. 

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Trombectomia no SUS

O ministro da Saúde afirmou que a logística da trombectomia é complexa, entretanto, já há experiência nacional que possibilita o procedimento. A técnica recebeu avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Só então recebeu aprovação para a inserção no SUS

A portaria foi publicada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), do Ministério da Saúde, faltando finalizar a terceira fase que é a disponibilização dos hospitais especializados. “São 88 centros do Brasil que realizam o tratamento especializado no AVC, mas não são todos esses que terão essa tecnologia em um primeiro momento. Isso é feito degrau por degrau. Só pode estar disponível naqueles centros onde há qualificação técnica de equipes de profissionais habilitados”, disse Queiroga. 

Ainda na convenção, o ministro explicou que para escolher os locais que receberão a tecnologia de acordo com os indicadores de cada um dos hospitais, ou seja, dados de mortalidade por AVC, tempo de internação no hospital, reinternações, etc.

“Essa é a maneira mais eficaz de reduzir óbitos por AVC, mas aqueles que têm precisam de terapia para reperfundir a artéria que está obstruída levando ao AVC. Isso se faz com trombolíticos, que são os medicamentos que dissolvem o coágulo, ou então com a trombectomia. É como acontece no infarto, mas a logística do AVC é mais complexa porque temos menos tempo”, informou Queiroga. 

Expectativa

Assim, ele relembrou que o AVC é a primeira causa de morte no mundo e afeta 18 milhões de pessoas por ano. Ele contou que o desafio de cuidar do derrame é tão amplo que não abrange só a atenção especializada. Ela começa na primária, ou seja, controle da hipertensão arterial, diabetes, combate ao tabagismo, sedentarismo, etc. 

Por fim, ele reforçou que as terapias inovadoras acarretam custos que podem ser incrementais ou então, a eficácia da terapia ser muito superior ao que já existe, sendo um custo decremental. 

“No caso da trombectomia, foi avaliado, e a razão de custo e efetividade incremental está dentro do patamar de limiar que o sistema brasileiro suporta financiar. Essa questão dos custos não é a preocupação maior em relação a essa terapia. A nossa maior atenção é garantir que os resultados dos ensaios clínicos se repliquem na prática”.

Fonte: Agência Brasil.

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