Tipos de gordura abdominal: quais são e riscos
Muita gente tem o desejo de diminuir as medidas da barriga. Mas pensando além da questão estética, o excesso de gordura localizado especificamente nessa região pode ser mais perigoso para a saúde do que você imagina. E mais: existem diferentes tipos de gordura abdominal, e eles podem trazem riscos maiores ou menores dependendo do caso. Saiba mais:
Leia também: Perder gordura abdominal: 13 dicas para secar a barriga
Tipos de gordura abdominal
Quando se trata de gordura corporal, a localização conta, e a cada ano surgem novas evidências a respeito do assunto. A ciência já sabe, por exemplo, que o tecido adiposo no abdômen pode ser dividido em dois tipos:
Gordura abdominal subcutânea
Na maioria das pessoas, cerca de 90% da gordura corporal é do tipo subcutânea — ou seja, que fica logo abaixo da pele. É bem fácil senti-la: ao cutucar a barriga, é possível percebê-la como uma camada bem macia e mole.
Gordura abdominal visceral
Os 10% restantes dizem respeito à gordura visceral ou intra-abdominal. Ela localiza-se abaixo da parede abdominal, geralmente ao redor de órgãos importantes como o fígado e o intestino.
Embora a gordura visceral represente apenas uma pequena parcela de toda a gordura que carregamos no corpo, ela tem ligações diretas com uma variedade de problemas de saúde.
À medida que envelhecemos, nossa taxa de gordura visceral tende a aumentar — especialmente no caso das mulheres, que experienciam mudanças hormonais com o passar do tempo.
Leia também: Hábitos noturnos que atrapalham a perda de gordura abdominal
O problema da gordura visceral
De acordo com um artigo disponibilizado no Harvard Health Publishing, por muitos anos, a gordura corporal (também chamada de tecido adiposo) foi considerada uma espécie de “estoque” de energia passivo — isto é, que fica armazenado no corpo, sem prejudicar ou beneficiar o mesmo, apenas esperando para ser usado como combustível.
Contudo, os pesquisadores descobriram que não é bem assim que a coisa funciona. As nossas células de gordura (principalmente as viscerais) são biologicamente ativas. Isso quer dizer que elas podem influenciar e até secretar alguns hormônios, que por sua vez agem tanto local como sistemicamente. É por isso que o acúmulo excessivo de tecido adiposo está muito relacionado a diversas condições de saúde.
Para você ter uma ideia, a gordura visceral produz mais proteínas chamadas citocinas, que podem desencadear um estado inflamatório no corpo de baixo nível — fator de risco para problemas cardíacos, por exemplo. Além disso, ela fabrica um precursor da angiotensina, proteína que estimula a elevação da pressão arterial.
Confira as doenças que já foram ligadas à gordura visceral:
- Doenças no coração;
- Demência (incluindo Alzheimer);
- Câncer de mama;
- Ademais, câncer colorretal.
Referência: Taking aim at belly fat, Harvard Health Publishing.