Teste genético: conheça exame que “prevê” o surgimento de doenças

Saúde
22 de Novembro, 2022
Teste genético: conheça exame que “prevê” o surgimento de doenças

O teste genético permite que cada pessoa conheça seu corpo e, assim, adote tratamentos e cuidados personalizados. Indo na contramão da necessidade de se encaixar num padrão estético e de beleza, que leva a maioria das pessoas a aderir à dieta da moda ou ao exercício do momento, é cada vez mais crescente a personalização dos cuidados com o corpo e a saúde como uma forma de respeitar as próprias individualidades do organismo, bem como obter melhores resultados. Mas afinal, como o teste é feito e como ele pode contribuir com a saúde? Descubra.

Leia mais: Dieta do DNA: Entenda como funciona

Teste genético: benefícios

A partir de uma pequena amostra de saliva e de forma indolor, é possível descobrir, por exemplo, a predisposição para desenvolver alguma doença, a resposta do corpo a algumas dietas, como a low carb, além da performance atlética e a resistência à exercícios.

“Os testes genéticos possibilitam um maior ganho em saúde e qualidade de vida, já que seus achados podem nortear as escolhas de métodos preventivos de doenças e mudança de hábitos, além de proporcionar maior consciência sobre o próprio metabolismo. Podem ainda ser um instrumento adicional de check-ups e exames regulares. Com base nos resultados e a orientação de um especialista é possível elevar seu bem-estar”, afirma o Dr. Ricardo Di Lazzaro Filho, médico especialista em genética.

O que o teste genético pode indicar?

Confira a seguir alguns dos principais achados que os testes genéticos podem mostrar e como eles podem ser benéficos para a sua vida.

Autoconhecimento para envelhecer melhor

Ninguém está imune aos efeitos do tempo, mas conhecer seu mapeamento genético pode fazer você envelhecer melhor. Dessa forma, saber o que a sua genética reserva para o seu futuro te permitirá desenvolver hábitos saudáveis.

O teste genético pode mostrar qual é a sua predisposição a fatores como fotoenvelhecimento, calvície, diabetes tipo 2, tremores, degeneração macular e osteoporose. Apesar do exame não ter caráter diagnóstico, seus achados são preditivos e probabilísticos, permitindo uma maior consciência sobre o próprio metabolismo. Assim, com os resultados em mãos, é possível discutir com seu médico os cuidados preventivos e iniciar uma mudança de hábitos.

Uma dieta que atenda às necessidades do seu corpo

Por meio do mapeamento do DNA, também é possível descobrir a relação da alimentação com a genética. Mas como? Entendendo como é o armazenamento de gordura pelo organismo, resposta à saciedade e à fome emocional, predisposição para desenvolver intolerância à lactose e sensibilidade à cafeína. Pode, inclusive, indicar de que modo seu organismo responde a dietas como a low carb e a mediterrânea.

Os resultados mostram também como o seu corpo absorve e interage com certos nutrientes e vitaminas, mostrando a predisposição genética à deficiência de vitaminas como B6, K, D e B9. Todos os achados podem auxiliar o indivíduo a desenvolver hábitos alimentares com base nas necessidades individuais do organismo, obtendo melhores resultados.

Extraindo o melhor de cada exercício

O DNA está intimamente ligado ao seu desempenho em certas atividades físicas. Por meio do mapeamento genético, é possível descobrir como o seu corpo reage a resistência física, ganho de massa muscular e atividades de força e explosão, e até se ele sente mais dor após a prática de exercícios.

Isso porque algumas variações genéticas entre os indivíduos são capazes de influenciar a capacidade pulmonar, o desempenho cardíaco e a composição das fibras musculares, características diretamente relacionadas às habilidades esportivas. Além disso, evidências científicas apontam que os fatores genéticos desempenham um papel fundamental na resposta ao dano muscular induzido pelo exercício físico e a densidade mineral óssea do organismo.

Além da possibilidade de elaborar treinos personalizados e mais eficientes, os testes genéticos também podem ser importantes ferramentas de prevenção, já que mostram predisposição à obesidade, IMC (índice de massa corpórea) elevado e menor capacidade cardiorrespiratória.

Cada pele é única

Levar a genética em consideração na hora de comprar o creme antirrugas ou seu protetor solar pode fazer você ter melhores resultados. Muitas características da pele têm relação com o nosso DNA. Por isso, conhecer a sua genética ajudará a entender de quais cuidados precisa.

Com o mapeamento, é possível investigar a predisposição genética a maiores ou menores níveis de alguns nutrientes diretamente relacionados à saúde da pele, como as vitaminas C e E. Também mostra a sua predisposição a desenvolver acne, manchas, rugas e flacidez, e como é a sensibilidade ao sol e a capacidade antioxidante da pele.

Fonte: Dr. Ricardo Di Lazzaro Filho, médico especialista em genética e fundador do laboratório Genera.

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