Sintomas de gripe na volta às aulas: o que fazer?
Começo de ano é sinônimo de volta às aulas. Porém, dessa vez, o retorno vai ser um pouco diferente. Isso porque seguimos – há quase 2 anos – enfrentando a pandemia de coronavírus. O retorno conta ainda com um novo inimigo: a variante ômicron, que já se mostrou muito mais transmissível que as demais. Sendo assim, caso o seu filho esteja com sintomas de gripe na volta às aulas, saiba se você deve ou não mandá-lo para a escola.
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Devo mandar meu filho com sintomas de gripe para a escola?
Em seu canal no Youtube, a Dra. Ana Escobar dá algumas recomendações sobre o que fazer caso o seu filho esteja com sintomas gripais bem na época de retornar para a escola. De acordo com a pediatra, sintomas como coriza e febre são sinais de que a criança não deve frequentar as aulas presencias.
Dessa forma, após completar de três a cinco dias de sintomas, o ideal é que a criança faça um teste de covid. Se o resultado do PCR der positivo, é preciso mantê-la em isolamento por 10 dias, contados a partir da data em que os sintomas apareceram.
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Mas e se o exame der negativo?
Caso a criança teste negativo para o coronavírus, mas ainda sim estiver com febre e coriza, é necessário fazer outro exame sete dias depois do aparecimento dos sintomas. Se o segundo resultado der positivo, são 10 dias de isolamento, contados a partir da data em que os sintomas apareceram. Agora, se o segundo resultado for negativo, é seguro assumir que a criança não está com covid e pode voltar às aulas presenciais, explica a especialista.
Sintomas de gripe na volta às aulas: o que fazer?
A pediatra também comentou o que deve ser feito quando a criança está com sintomas de gripe ou covid e um irmão, que mora com ela na mesma casa, aparentemente está saudável. “O primeiro passo é isolar a criança que está tendo sintomas e evitar que ela tenha contato próximo com o irmão”, diz Escobar.
“Esse irmão assintomático também não deve ir à escola. Ele deve ser testado para a covid mesmo sem sintomas. Se o PCR do irmão assintomático der positivo, ele deve ser mantido em isolamento por 10 dias, contados a partir da data do teste. Porém, se o resultado vier negativo é preciso confirmar se o irmão sintomático está ou não covid. Se a criança com sintomas não estiver com covid, os dois podem retornar à escola. Caso o resultado da criança com sintomas seja positivo para covid, é preciso fazer um segundo teste no irmão assintomático e determinar se ele está ou não com a doença”, completa a médica.
Afinal, a volta às aulas é segura?
Para o infectologista Marcelo Otsuka, sim. De acordo com o médico, “vacinar as crianças o mais brevemente possível é o melhor que podemos fazer por elas, e isso nós não podemos deixar passar”. No entanto, ele relembra o tanto que as crianças já sofreram ao longo de quase 2 anos de pandemia. “As crianças foram prejudicadas no ensino. Para grande parte delas, foi uma perda irreparável. Além de serem vítimas de agressão e terem problemas com a alimentação, já que muitas delas tinham na escola sua principal refeição. São várias situações que indicam que as crianças precisam sim, ir para a escola”.
Além disso, com exceção dos casos assintomáticos, é possível evitar a transmissão do coronavírus, incluindo sua nova cepa, a Ômicron. “Se alguém da casa estiver doente ou exista algum caso sugestivo de covid ou influenza, ou se a própria criança estiver doente, ela não deve frequentar a escola. Deve ficar em casa para impedir a transmissão”, afirmou o médico.
Por fim, outra sugestão é que, se possível, as famílias fiscalizem todos os procedimentos de prevenção adotados pela escola, como o distanciamento social, o uso de máscaras e álcool em gel, bem como a higiene nos banheiros. A escola também deve colaborar alterando os horários de entrada e saída dos alunos, evitando assim que todas as turmas entrem ou saiam ao mesmo tempo, assim como nos momentos de refeições coletiva.
A importância da vacinação em crianças
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no dia 16 de dezembro, a vacinação da Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos com o imunizante da Pfizer. A aprovação foi comemorada por especialistas e sociedades médicas, tendo em vista a quantidade considerável de óbitos por essa doença entre os mais jovens nos últimos meses. De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, cerca de 2,5 mil crianças e adolescentes brasileiros morreram de covid-19 desde o início da pandemia.
Além disso, a covid-19 mata mais do que todas as demais doenças infecciosas contempladas no calendário de vacinação infantil. Nesse sentido, segundo a ANVISA, duas doses da vacina para crianças de 5 a 11 anos evita casos graves da doença, além de óbitos. O imunizante já está sendo aplicado nos Estados Unidos, Áustria, Alemanha, Chile, China e Colômbia.
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Fontes: Canal da Dra. Ana Escobar (pediatra) no Youtube e Marcelo Otsuka, Pediatra e Infectologista.