Síndrome do olho seco: saiba o que é, sintomas e como tratá-la
Devido ao nosso estilo de vida, a síndrome do olho seco é uma das enfermidades que mais tem crescido nos últimos anos. Assim, é caracterizada por uma alteração na produção de lágrimas. Como resultado, o indivíduo tem a lubrificação ocular prejudicada, o que provoca a sensação do “olho seco”.
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Causas da síndrome do olho seco
A princípio, a maior responsável pela síndrome do olho seco é a disfunção nas glândulas produtoras de lágrima (glândulas de Meibomius, localizadas nas pálpebras). Para se ter uma ideia, a lágrima possui três “ingredientes” distintos, que são água, gordura e muco. Eles são responsáveis por manter os olhos hidratados, aspecto essencial para a saúde ocular.
Logo, quando algum componente está em falta, a lágrima não desempenha o seu papel de forma adequada. Normalmente, a disfunção afeta a camada gordurosa da lágrima, que evita que ela evapore rapidamente e auxilia na lubrificação ocular. Mas por que isso acontece?
- Nas mulheres, que são as principais afetadas pela síndrome, o motivo pode ser hormonal, como a menopausa.
- Deficiência de vitamina A, que possui um papel estratégico na função dos olhos.
- Doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus.
- Uso de lentes de contato por muito tempo.
- Idade: conforme envelhecemos, é natural que a produção lacrimal decaia.
- Uso de determinados tipos medicamentos que provocam o ressecamento da pele e da visão, como corticoides.
- Ambiente com alta exposição a ar-condicionado e poluição.
- Muito tempo em frente ao computador, smartphone e televisão, sobretudo quando estamos focados em uma tela. Isso porque tendemos a piscar menos, o que desestimula a produção de lágrima.
- Fricção excessiva dos olhos. Em outras palavras, coçar muito a região pode lesionar outras áreas dos olhos e favorecer a produção descompensada das lágrimas.
Sintomas da síndrome do olho seco
À primeira vista, a condição tem como principal característica a própria secura, mas outros sintomas são coceira, visão turva, irritação que deixa os olhos vermelhos, ardor, possível sensibilidade à luz e piscar incômodo, como se tivessem pequenos grãos de areia.
Diagnóstico e tratamento
O profissional que identifica a síndrome do olho seco é um médico oftalmologista, que analisa a estrutura ocular com equipamentos e recursos em seu próprio consultório. Normalmente, o tratamento é simples, com o uso de lubrificantes oculares, conhecidos por lágrimas artificiais, seja em forma de colírio ou pomada.
Além disso, é fundamental tratar ou evitar o fator causador da disfunção lacrimal — então, se o problema estiver relacionado à menopausa, será necessário realizar terapia hormonal ou outro tipo de tratamento. Por fim, é importante que o indivíduo siga o tratamento com assiduidade, pois isso ajuda a frear uma possível recidiva dos sintomas.
Diferença entre secura nos olhos e síndrome do olho seco
Esta é uma dúvida muito comum para quem tem ou apresentou secura ocular em algum momento. Porém, o que diferencia a secura ocular da síndrome é a persistência dos sintomas. Ou seja, o olho seco pode ser uma sensação temporária que desaparece espontaneamente. Já a síndrome é desconfortável até que seja feito o tratamento adequado, com uso contínuo de colírios.
O que acontece se o problema não for tratado?
A longo prazo, a falta de tratamento atrapalha a qualidade de vida do indivíduo. Afinal, os sintomas da síndrome são incômodos, sobretudo a coceira, cujo repetitivo tem o risco de lesionar a córnea e provocar ceratite, ceratocone e úlcera ocular. No entanto, esses tipos de lesão são mais graves e alguns casos podem exigir o transplante de córnea, caso essa camada fique comprometida e não responda a tratamentos.