Tipos de sarcoma de partes moles: entenda quais são!
- 1. O que é sarcoma?
- 2. O que são sarcomas de partes moles?
- 3. Quais as causas dos sarcomas de partes moles?
- 4. Quais os tipos de sarcomas de partes moles?
- 5. Quais os sintomas de sarcomas de partes moles?
- 6. Como se dá o diagnóstico?
- 7. Quais os tratamentos para os sarcomas de partes moles?
- 8. Quais as chances de cura de um sarcoma?
Você sabia que 50% do nosso corpo é constituído pelas chamadas partes moles, que incluem músculos, gordura, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos, nervos periféricos e outros tecidos? Além disso, sabia que os tumores que atingem essas estruturas são os sarcomas de partes moles?
Neste artigo, contaremos tudo sobre os sarcomas de partes moles, que podem ser de 50 tipos, são raros e acometem qualquer parte do organismo, mas principalmente braços e pernas.
O que é sarcoma?
Antes de falarmos sobre os sarcomas de partes moles, explicaremos o que é um sarcoma.
Sarcomas são tumores malignos raros que, geralmente, têm origem nas células que formam as chamadas partes moles do corpo, como músculos, gordura, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos e nervos periféricos.
Essa doença pode atingir tanto crianças quanto adultos. A incidência nos adultos corresponde a cerca de 1% dos casos de câncer.
Além disso, os sarcomas podem se desenvolver em qualquer parte do organismo, mas em 60% dos pacientes ocorrem nos braços e nas pernas.
O que são sarcomas de partes moles?
Para explicar tudo sobre os sarcomas de partes moles, nós conversamos com o Dr Caio Guimarães, médico oncologista do Instituto de Câncer de Brasília (ICB).
O especialista conta que os sarcomas são um grupo de doença bastante raro que se divide em sarcomas ósseos e sarcomas de partes moles.
“Os sarcomas de partes moles atingem estruturas como músculos, células de gorduras, cartilagens, tendões e nervos”, explica.
Já os sarcomas ósseos são tipos de tumores ósseos vindos do crescimento desordenado de células ósseas.
Os principais tipos de tumores ósseos são: osteossarcoma, Tumor de Ewing, condrossarcoma, fibrossarcoma, tumor ósseo de células gigantes, cordoma e sarcoma pleomórfico indiferenciado de alto grau.
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Quais as causas dos sarcomas de partes moles?
Segundo o médico oncologista consultado, o sarcoma de partes moles é uma doença rara que atinge principalmente os braços e as pernas.
“Apesar de não ter nada comprovado, acredita-se que o fator de hereditariedade é muito importante para o desenvolvimento dessa doença”, ressalta.
Quais os tipos de sarcomas de partes moles?
De acordo com o Dr Caio Guimarães, os principais sarcomas de partes moles são os lipossarcomas, que se originam na célula da gordura.
Os sarcomas lipossarcomas podem se desenvolver em qualquer parte do corpo, mas geralmente surgem na coxa, abaixo do joelho e no interior do abdômen.
Outros tipos de sarcomas de partes moles são:
Fibrossarcoma
É um câncer do tecido fibroso, que geralmente afeta pernas, braços ou tronco. É mais frequente em pessoas entre 20 e 60 anos, mas pode ocorrer em qualquer fase da vida, inclusive na infância.
Sarcoma de partes moles alveolar
É um tipo raro de câncer que atinge principalmente adultos jovens. Ele normalmente começa nas pernas.
Angiossarcoma
É um tumor maligno que pode se desenvolver a partir dos vasos sanguíneos (hemangiosarcomas) ou dos vasos linfáticos (linfangiossarcomas).
Sarcoma de células claras
É um tipo raro de câncer que se desenvolve nos tendões dos braços ou das pernas. Quando visualizado no microscópio, dá para perceber que possui algumas características do melanoma, um tipo de câncer que se desenvolve a partir das células que produzem a pigmentação da pele.
Tumor de células desmoplásicas pequenas e redondas
É um sarcoma raro que pode surgir na adolescência ou na fase adulta jovem, descoberto com mais frequência no abdômen.
Entre outros, podem ser citados sarcoma epitelioide, sarcoma fibromixoide de baixo grau, tumor estromal gastrointestinal (GIST), sarcoma de Kaposi, leiomiossarcoma, mesenquimoma maligno, tumores dos nervos periféricos malignos, mixofibrossarcomas de baixo grau, rabdomiossarcoma, sarcoma sinovial e sarcoma pleomórfico indiferenciado.
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Quais os sintomas de sarcomas de partes moles?
O especialista confirma que os sintomas do sarcoma estão normalmente associados ao crescimento tumoral, ou seja, o crescimento do tumor.
“Isso porque ele irá crescer no braço e na perna, então é possível ver e sentir essa ondulação crescendo e a partir daí, surgem os sintomas como dor por compressão de estruturas adjacentes”, descreve.
Além do crescimento do tumor e das dores, existem outros sinais relacionados com os sarcomas de partes moles, como perda de peso, falta de apetite, dor abdominal, alteração intestinal, alteração urinárias, vômitos e náuseas.
Como se dá o diagnóstico?
O diagnóstico é feito por exames de imagem: “mas normalmente é possível sentir as ondulações com o tato”, acrescenta o médico oncologista.
Esse exame de imagem utilizado para o diagnóstico dos sarcomas de partes moles pode ser a ressonância magnética ou a tomografia.
Assim, após a realização dos exames, é realizada a biópsia para ter o diagnóstico mais certeiro.
Quais os tratamentos para os sarcomas de partes moles?
O Dr Caio Guimarães informa que o tratamento vai se basear na fase da doença.
“Lembrando que, nas fases iniciais, as chances de cura são muito mais altas, então o tratamento cirúrgico nas fases iniciais tem grande chance de curabilidade”, ressalta.
Em alguns casos, é necessário fazer sessões de quimioterapia antes da cirurgia, a chamada quimioterapia neoadjuvante, que ajuda a diminuir o tamanho da doença e a ter uma cirurgia de menos riscos.
O tratamento neoadjuvante consiste na aplicação de quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia ou terapia-alvo antes de um procedimento cirúrgico ou radioterápico definitivo.
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Quais as chances de cura de um sarcoma?
Por fim, o especialista conclui que, em alguns casos, após a cirurgia pode ser necessário o complemento com a radioterapia.
“Portanto, o sarcoma tem cura, mas depende da fase que foi diagnosticado. Então, para doenças em fase inicial, há cura, sim!”, finaliza.
Fonte: Dr Caio Guimarães, médico oncologista do Instituto de Câncer de Brasília (ICB).