Reversão da cirurgia bariátrica: quando procedimento é indicado?
A cirurgia bariátrica é indicada em casos de obesidade severa e pode promover mudanças significativas na vida do paciente. A popularidade do procedimento, bem como os seus benefícios, aumentam a quantidade de procedimentos por ano, visto que o país concentra 31% da população com obesidade e 34,6% em sobrepeso, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar (Sisvan), do Ministério da Saúde. No entanto, em alguns casos, também pode causar complicações mais graves, que podem levar a reversão da cirurgia bariátrica. Saiba mais a seguir.
Leia também: Níveis de IMC e como calculá-lo
Reversão da cirurgia bariátrica: quando é necessária?
A cirurgia de redução de estômago é indicada para indivíduos obesos com IMC – índice de massa corporal, acima de 40. Além de atuar no processo de emagrecimento, o procedimento também é eficaz na melhora de outras condições decorrentes da obesidade, como glicemia, problemas cardiovasculares e dores nas articulações.
Reverter uma cirurgia bariátrica é um procedimento raro, já que, na maioria dos casos, o procedimento gera benefícios ao paciente, reduzindo o peso corporal de forma prolongada e eficiente, além de diminuir os riscos de doenças relacionadas.
Contudo, o procedimento de reversão é indicado se o paciente apresentar desnutrição ou hipoglicemia severa.
Alguns pacientes podem apresentar uma dificuldade maior para absorver nutrientes, chegando a uma das complicações mais graves da cirurgia, a desnutrição. Por outro lado, a hipoglicemia, distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue, pode interferir no funcionamento de determinados órgãos.
Leia também: Cirurgia bariátrica: o que é, tipos, alimentação indicada e cuidados
Técnica é possível, mas é desafiadora
Segundo o Instituto Avançado de Tratamento da Obesidade – IATO, reverter a cirurgia bariátrica é possível no caso da bypass, técnica mais comum do mundo e responsável por 70% dos procedimentos no Brasil.
Isso porque esse procedimento conta com a diminuição do estômago. Portanto, desviando a rota da comida através do tubo digestivo para proporcionar menos fome e maior saciedade. Ainda assim, há riscos de sangramentos mais graves, além da possibilidade do reganho de peso.
Porém, existem outras técnicas, a gastrectomia vertical e o duodenal switch. Esses procedimentos não são reversíveis, já que existe a retirada de uma parte do estômago, restringindo seu volume.
Cirurgia bariátrica: quem pode fazer?
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em 2022, foram realizados 74.738 procedimentos no país, representando um crescimento de 22,9% em relação ao ano anterior.
A popularidade da cirurgia, bem como os seus benefícios, aumentam a quantidade de procedimentos por ano, visto que o país concentra 31% da população com obesidade e 34,6% em sobrepeso, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar (Sisvan), do Ministério da Saúde.
A bariátrica é uma intervenção feita em casos de excesso de peso. Segundo o Ministério da Saúde, pessoas com o IMC acima de 40 e que que tenham doenças associadas. Algumas delas são: diabetes, colesterol alto, hipertensão, hérnia de disco, esteatose hepática (gordura no fígado), são elegíveis ao procedimento.
Ainda para o público indicado, os meses anteriores à cirurgia requerem alguns cuidados e preparativos. Dessa forma, exames de rotina serão necessários, como o exame de sangue, além do acompanhamento da glicemia, a pressão arterial, o colesterol (HDL e LDL) e os triglicérides.
Veja também: Dicas para evitar o efeito sanfona: nutricionista sugere estratégias
Por fim, nessa fase, os hábitos alimentares do paciente precisam ter acompanhamento para evitar episódios de compulsão alimentar que podem acontecer com mais frequência. Por isso, é muito importante ter uma avaliação multidisciplinar, assim é possível reduzir o risco de complicações.