O uso do repelente na gravidez consiste em uma das formas de prevenir infecções como dengue, chikungunya e zika, condições que podem não apenas comprometer a saúde da mãe, como também trazem riscos ao desenvolvimento do feto.
E como o Brasil é um país de clima tropical, muitas regiões abrigam insetos, mosquitos e outros bichinhos que são vetores dessas e de outras doenças – especialmente durante as estações mais quentes do ano.
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Mas será que as gestantes podem usar qualquer tipo do produto? Confira a resposta a seguir:
O primeiro passo é escolher marcas que tenham registros válidos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É preciso também comprar sempre em locais seguros, evitando preparações caseiras ou de procedência duvidosa.
Além disso, a Dra Fernanda Nichelle, médica especialista em beleza e saúde da pele, afirma que apesar de existirem diversos ativos considerados seguros para as futuras mamães, o ideal é usar somente aqueles liberados pelo médico que está acompanhando a gestação.
Confira quais substâncias são consideradas seguras pela Anvisa:
O DEET é o principal ingrediente de diversos repelentes, e estudos mostram que produtos à base de DEET apresentam baixa toxicidade aguda, não representando preocupação significativa para a saúde humana quando usados conforme as instruções – sendo inclusive recomendados para grávidas e lactantes.
Você geralmente encontra repelentes com concentrações que variam de 10 a 25% de DEET – algumas marcas chegam a 99%! A diferença está no tempo de eficácia: um produto com 10% oferece duas horas de proteção, enquanto outro com 20% pode chegar a até quatro horas. Opções acima de 50% parecem não aumentar esse período.
Embora tenha uma duração mais curta que o DEET, este é outro ativo considerado seguro para grávidas. Pode ser bastante irritante para os olhos, então vale aplicar com cuidado.
Uma preparação a 20% fornece proteção contra mosquitos em torno de cinco horas. Além disso, apresenta a grande vantagem de ser menos agressivo, irritando menos a pele e os olhos, não manchando tecidos, não apresentando odor e não deixando a sensação de pele pegajosa.
Trata-se da forma sintética de um ingrediente do óleo de eucalipto limão. Uma preparação de 30% do PMD protege contra insetos e carrapatos por quatro a seis horas – ou seja, o seu tempo de proteção é mais curto, o que exige aplicações mais frequentes.
Vale lembrar também que o PMD não deve ser confundido com formulações de óleo essencial de eucalipto, que não são aprovadas pela Anvisa como repelentes.
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Além de ficar de olho nos ingredientes do seu repelente, é preciso também tomar alguns cuidados na hora de aplicar. Como:
Fontes: Quais repelentes podem ser utilizados por gestantes e qual o modo de uso?, Biblioteca Virtual em Saúde; Repelentes são seguros e podem ser usados por gestantes, Fiocruz; Dra Fernanda Nichelle, médica especialista em beleza e saúde da pele.