Açúcar e depressão: Como funciona a relação
Novidade para alguns, há relação entre o consumo de açúcar e depressão. Certamente, nossa alimentação tem impacto direto no humor e nas emoções. Por exemplo, é comum nos sentirmos estressados e sem paciência quando com fome ou felizes ao comer algo muito saboroso.
Além do impacto momentâneo no humor, os hábitos alimentares promovem efeitos a longo prazo. Dessa forma, o consumo frequente e excessivo de açúcar pode aumentar o risco de desenvolver distúrbios de humor, como a depressão.
Açúcar x depressão
Basicamente, o açúcar está naturalmente presente em alimentos como frutas, vegetais e grãos. Também, é adicionado em alimentos como o macarrão, bolos e doces, pães, refrigerante e outros.
Contudo, açúcar natural em frutas e vegetais nunca existe em uma concentração tão alta quanto os açúcares adicionados, e ele sempre é acompanhados por componentes saudáveis como fibras, o que retarda a absorção de açúcares naturais no sangue. Enquanto isso, o açúcar adicionado é desprovido de nutrientes, é mais concentrado e atinge nossa corrente sanguínea muito mais rapidamente.
Assim, o consumo constante e exagerado de açúcar, especialmente aquele presente em carboidratos refinados e alimentos industrializados, pode provocar o aumento do risco de depressão, além de diversas doenças crônicas, mais notoriamente diabetes.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram que uma dieta rica em alimentos integrais, como frutas, legumes e peixe, pode reduzir o risco de depressão na meia-idade.
Segundo o estudo, pessoas que ingeriam alimentos açucarados, como sobremesas adoçadas e refrigerantes, eram mais propensas a serem diagnosticadas com depressão do que quem se baseava em alimentos integrais não processados.
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Açúcar x inflamação
Uma dieta rica em frutas e vegetais pode reduzir a inflamação nos tecidos do corpo, enquanto uma dieta rica em carboidratos refinados pode promover a inflamação.
A inflamação crônica está ligada a várias condições de saúde, incluindo distúrbios metabólicos, câncer, asma e depressão.
Além disso, muitos dos sintomas de inflamação também são comuns na depressão, como:
- Perda de apetite;
- Mudanças nos padrões de sono;
- Percepção aumentada da dor.
Por fim, converse com seu médico se suspeitar de inflamação crônica. Eles podem executar testes para verificar se você tem outras condições de saúde relacionadas à inflamação. Também podem oferecer sugestões para ajudá-lo a seguir uma dieta anti-inflamatória.
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