Como e quando oferecer queijo para os bebês
Preparar o menu dos pequenos em fase de introdução alimentar pode parecer desafiador para os papais e mamães de plantão. Afinal, será que seu bebê já pode comer queijo? Na composição de uma alimentação balanceada, dúvidas como essa podem surgir. Continue lendo para entender como e quando oferecer queijo para os bebês.
Benefícios do queijo para bebês
O queijo é uma excelente fonte de proteínas, nutrientes, vitaminas e bactérias que ajudam a regular a flora intestinal. Por isso, a ingestão desse alimento para os bebês pode ser muito positiva.
De acordo com a nutricionista Michelle Ferreira, o consumo do queijo pode diminuir o risco de seletividade alimentar, promover o aumento da imunidade, contribuir com o crescimento e desenvolvimento do bebê além de prevenir doenças futuras como obesidade. “Os alimentos in natura ou minimamente processados devem ser a base da alimentação da criança e de toda família”, complementa a especialista em nutrição.
Leia mais: Bronquiolite: bebê de Pugliesi teve a doença com apenas sete dias de vida
Quando oferecer queijo ao bebê?
A introdução alimentar deve ser iniciada por volta dos 6 meses de vida e é uma fase fundamental para o bebê de acordo com a Dra. Fernanda Fragoso, pediatra do Grupo Prontobaby:
“A introdução alimentar tem papel fundamental na formação do paladar do bebê e é nesse momento que o ensinamos a gostar de alimentos saudáveis. É importante lembrar também que até um ano de vida o leite ainda será a base alimentar do seu filho. A introdução dos alimentos deve ser de forma lenta e gradual e ao longo do tempo a própria criança vai aumentando a quantidade ingerida.”
Dessa forma, especialistas recomendam que o queijo seja introduzido apenas após 1 ano. Além disso, a nutricionista Michelle Ferreira alerta que, além do tempo de vida, os pais devem avaliar os sinais de que o bebê está apto para o consumo de alimentos sem engasgo. Confira alguns indicativos que o seu bebê pode estar pronto para essa nova fase:
- Frequentemente, o bebê leva objetos à boca;
- Explora objetos com a boca e com a língua;
- Demonstra interesse pela comida dos pais;
- Consegue se sentar com mínimo de apoio;
- Diminuição do reflexo de protrusão com a língua;
- Inicia o movimento de pinça com as mãos.
Inicialmente, é recomendado que o queijo e outros derivados do leite sejam apresentados em pequenas quantidades e em dias alternados, o que permitirá que o bebê explore o alimento com calma e se acostume com o gosto dele. Em breve, você conseguirá analisar a reação do bebê e tomar a decisão de parar ou continuar a introdução do queijo.
Tipo de queijo recomendado para bebês
Os queijos pasteurizados são mais indicados para a fase de introdução alimentar para evitar o risco de listeriose, infecção bacteriana, de acordo com a nutricionista.
“A pasteurização do leite é um processo de aquecer o leite até 75°C por 15 min e depois resfriar para a feitura do queijo. Ou seja, esse processo serve para eliminar microrganismos presentes no leite e tornar o produto lácteo mais seguro”, afirma Michelle.
A Dra. Fernanda complementa a indicação: “Recomendo queijos com baixo teor de gordura. Por exemplo: cottage, ricota, meia cura, queijo minas, queijo minas padrão, queijo minas frescal, muçarela de búfala”, afirma a pediatra. Além disso, a análise dos rótulos do produto é fundamental para identificar a presença do processo de pasteurização.
Cuidados especiais
Por fim, os bebês podem apresentar restrições alimentares que serão descobertas no momento de complementação da dieta. Sendo assim, nos casos de intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite, não é recomendado introduzir queijo ou derivados do leite na alimentação do bebê.
Por isso, para não prejudicar a saúde do bebê, é essencial começar a dieta com pequenas porções e, em seguida, acompanhar a reação aos alimentos.
Fonte: Michelle Ferreira, nutricionista e especialista em nutrição na saúde da mulher e fertilidade.
Dra. Fernanda Fragoso, pediatra do Grupo Prontobaby.