Por que é importante tirar os sapatos ao entrar em casa?
Você já parou para pensar em quanta sujeira fica nas solas dos calçados? É quase impossível andar sem eles, e o hábito de tirar os sapatos ao entrar em casa nem sempre é feito. Afinal, qual é a importância de manter os sapatos limpos? Eles podem parecer inofensivos, mas são grandes aliados de germes e bactérias.
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Um estudo da Universidade do Arizona mostrou que os números de bactérias na sola do sapato se comparam aos mesmos de um assento de banheiro público. Fabiana Romanello, infectologista do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu, explica que onde existe sujidade, existem bactérias. “
“Na sola de sapatos existem inúmeras, por exemplo: poeira, dejeto de animais ou insetos. Ao entrarmos com os sapatos estamos trazendo isso para casa”, afirma. A médica conta que algumas bactérias nocivas podem estar presentes nos calçados, como:
- Clostridium difficile, que causa inflamação do intestino grosso e gera diarreia;
- Klebsiella pneumoniae, bactéria que causa febre, dificuldade para respirar, pneumonia, infecção urinária e acelera a frequência cardíaca;
- Estafilococos e estreptococos, parasitas intestinais que provocam a endocardite, pneumonia, osteomielite, febre, dificuldade para respirar e dor no peito.
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Tirar os sapatos em casa: Como prevenir doenças?
De acordo com Romanello, a medida mais eficaz de evitar que essas bactérias e possíveis doenças se espalhem em casa é retirar os sapatos antes de entrar no ambiente. Ela sugere ter um local na entrada, como prateleira, armário ou tapete, que possa abrigar os calçados. Além disso, é preciso que o local seja arejado e longe do alcance de crianças ou animais.
Por fim, quando o sapato se molha, é necessário tirá-lo rapidamente. “Os sapatos molhados devem ser retirados, principalmente, em caso de contato com água de enxurrada. Pode estar presente urina de rato, que pode causar a leptospirose. Também pode prejudicar a pessoa que permanece com os sapatos, favorecendo a instalação de fungos nas unhas ou entre os dedos”, completa.
Fonte: Fabiana Romanello, infectologista do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu.