Como a poluição sonora interfere na sua saúde — e o que fazer para evitar

Saúde
25 de Agosto, 2022
Como a poluição sonora interfere na sua saúde — e o que fazer para evitar

Com a janela de casa aberta, você consegue ouvir o som de motos, caminhões, das pessoas falando enquanto andam na rua, latidos de cachorros… Todos esses sons, em conjunto, constituem o que chamamos de poluição sonora.

Para quem vive nas grandes cidades, como São Paulo ou Rio de Janeiro, conviver com esse tipo de trilha sonora (para não dizer “barulho”!) é normal — tanto que a diferença para uma cidade do interior é bastante perceptível! E por mais que conviver com a poluição sonora seja bastante comum, fato é que ela tem uma série de efeitos na nossa vida, inclusive na nossa saúde.

O que é poluição sonora?

Podemos definir como poluição sonora toda e qualquer emissão de ruído ou som que possa prejudicar a saúde e o bem-estar das pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado um problema sério e uma questão de saúde pública, já que pode interferir diretamente na vida de uma população.

Aliás, a própria OMS estima que 25% da população do mundo — ou seja, quase 2 bilhões de pessoas –, terá algum grau de perda auditiva ao longo da vida. E por mais que o envelhecimento populacional tenha um papel nessa história, a Agência Europeia do Ambiente atribui cerca de 18 mil mortes, 80 mil internações e 900 mil casos de pressão alta por ano à exposição prolongada a ruídos.

Como, além da saúde, a poluição sonora também é motivo de conflitos entre as pessoas (quem nunca reclamou de um vizinho barulhento?), tornou-se um tema abrangido por lei e enquadrado também como crime ambiental — afinal, os sons muito altos espantam animais e até interferem nos seus padrões reprodutivos, podendo acelerar processos de extinção.

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O que é considerado poluição sonora?

Vale o reforço: para quem vive nas grandes cidades, os sons ambientes já se tornaram tão comuns que, muitas vezes, mal os percebemos — a não ser que passem do aceitável. E, afinal, o que é aceitável nesses casos?

De acordo com a OMS, o nível de barulho tolerável para o ser humano é de 50 decibéis (dB). Ou seja, o som de uma conversa tranquila em volume normal. Para dormir bem, a organização diz que o som ambiente não deve passar de 30 dB, já que os ouvidos não param de funcionar durante o descanso. Além disso, diz ainda que a exposição a sons acima de 120 dB, sem a devida proteção auricular, pode gerar dores físicas.

Caso você seja como a maioria das pessoas e não tenha um aparelho específico para medir a altura dos ruídos, vale a dica: se você precisar aumentar o tom de voz ou o som da TV para ouvir bem, significa que o som ambiente está beirando o desconfortável.

Fora isso, é fácil perceber quando um som está além do normal: basta pensar no desconforto que sentimos quando estamos na rua e uma moto passa em alta velocidade com um barulho alto de escapamento.

Esses valores todos são importantes porque, segundo a própria OMS, sons a partir de 55 dB já podem causar estresse e outras questões de saúde física e mental, e valores a partir de 75 dB já apresentam risco de perda auditiva, dependendo do tempo de exposição diário.

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Sintomas da poluição sonora

Apesar de parecer parte do ambiente, é fácil identificar os sintomas da poluição sonora, especialmente para os moradores das grandes capitais. São eles:

Entre outros mais específicos, como a perda direta da capacidade auditiva e a queda na produtividade no trabalho.

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O que fazer?

Evitar a poluição sonora é complicado — de novo, isso se aplica principalmente àqueles que vivem nos grandes centros urbanos. Mas é possível contorná-la para evitar exposições a sons que ultrapassem o saudável, tanto física quanto mentalmente.

Para isso, vale a pena você:

  • Evitar se colocar com frequência em locais com muito barulho (como shows);
  • Utilizar protetores auriculares em locais de trabalho com muito ruído (como obras);
  • Escutar música no fone de ouvido com um volume que não impeça você de ouvir o som ambiente (e nem usá-lo por muito tempo);
  • Evitar ficar perto das caixas de som em shows e casas noturnas;
  • Fechar as janelas do carro em vias com muito trânsito ou que são muito movimentadas;
  • Optar por equipamentos domésticos mais silenciosos.

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