Ovulação nas mulheres: Estresse causado pela pandemia afetou ciclo

Saúde
05 de Agosto, 2022
Ovulação nas mulheres: Estresse causado pela pandemia afetou ciclo

O estresse da pandemia afetou a ovulação nas mulheres, mesmo que de forma imperceptível para elas, revela um estudo da Universidade de British Columbia, no Canadá. Os pesquisadores apresentaram os resultados durante o último encontro anual da Sociedade Americana de Endocrinologia. Segundo os autores, trata-se da primeira evidência de distúrbios ovulatórios sem mudanças na duração do ciclo associados à tensão causada pela emergência sanitária.

Para chegar à conclusão, os cientistas compararam dados de duas pesquisas similares, feitas com treze anos de diferença. Uma aconteceu entre 2006 e 2008 com 301 mulheres e a outra avaliou 112 voluntárias durante a pandemia. Ambas acompanharam pacientes de perfis semelhantes, com idades entre 19 e 35 anos e que não estavam tomando nenhum contraceptivo hormonal.

Além de colher dados sobre níveis hormonais e temperatura basal, elas também preencheram questionários sobre saúde em geral, estilo de vida e um diário sobre o ciclo menstrual.

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Mudanças na ovulação nas mulheres

Embora não sentissem mudanças no sangramento, dois terços das avaliadas na pandemia não estavam ovulando normalmente – contra apenas 10% no primeiro estudo. Sem a mulher perceber, houve uma alteração nos níveis de progesterona que levou a ciclos sem liberação de óvulo ou com uma fase mais curta após a ovulação. Tal quadro atrapalha gravidez. Além disso, essas pacientes também tiveram maiores níveis de ansiedade, depressão, problemas de sono e dor de cabeça.

“Apesar de serem dados preliminares, são muito pertinentes pois sabe-se que o estresse pode afetar a ovulação”, observa o ginecologista Sérgio Podgaec, do Hospital Israelita Albert Einstein. Tanto que isso acontece também em outras situações em que o organismo está esgotado. Como, por exemplo, por excesso de atividade física em atletas de alto rendimento, por exemplo.

Assim, tudo isso pode explicar dificuldades em conseguir engravidar naquelas que estavam tentando e não tiveram sucesso nos últimos meses. A boa notícia é que essas alterações são reversíveis, caso não haja nenhuma disfunção mais grave por trás do problema.

Fonte: Agência Einstein

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