Pelagra: O que é a doença da deficiência de vitamina B3
A falta de alimentos ricos em vitamina B3 (niacina) e triptofano na dieta pode ser a causa de uma doença capaz de afetar o corpo da cabeça aos pés: a pelagra. Popularmente, ela também é chamada de “doença dos 3 D’s”, já que alguns de seus principais sintomas incluem a dermatite, a diarreia e a demência nos casos mais avançados.
Com variados graus e com tratamento feito por orientação médica e nutricional, a base para entender o que há por trás da pelagra está na alimentação.
Como se forma
A niacina é uma vitamina que auxilia o organismo a converter o alimento em glicose. Assim, sendo utilizada para produzir energia ao longo do dia. Além disso, contribui para a função do sistema nervoso e para redução do cansaço e da fadiga.
Já o triptofano é um aminoácido essencial que pode ser transformado na niacina, suprindo a sua carência. Assim, quando fontes desses alimentos não são consumidas de forma suficiente em uma dieta equilibrada, isso pode ocasionar no surgimento da pelagra.
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Sintomas de pelagra
Os primeiros sinais costumam aparecer de forma branda, mas com o passar do tempo, se a doença não for identificada, podem se agravar:
- Indigestão
- Anorexia
- Fadiga
- Dor de cabeça
- Vermelhidão na pele
- Dermatite
- Diarreia
- Confusão mental
- Perda de memória recente
- Demência (em casos mais graves)
Grupos de risco
Alguns dos grupos de pessoas mais propensos a apresentarem a deficiência de vitamina B3 incluem os idosos. Além deles, pessoas desnutridas ou que passaram por uma cirurgia bariátrica recentemente também estão no topo da lista de pacientes com a doença.
Outro fator que pode contribuir para o surgimento da pelagra é o alcoolismo. Ou seja, o excesso de bebidas dessa natureza pode fazer com que a doença evolua para um estágio mais agravado e cause até mesmo cirrose. Por fim, pacientes diagnosticados com doença de Crohn ou que utilizam medicamentos prescritos excessivamente podem apresentar o problema de saúde.
Tratamento para pelagra
Por meio de acompanhamento médico e nutricional, o paciente com pelagra pode precisar recorrer ao uso de suplementos como o ácido nicotínico e a niacinamida para obter as vitaminas necessárias em sua recuperação. Além disso, mudanças na dieta são implementadas durante a fase do tratamento, com a inclusão de fontes naturais de niacina e triptofano, que incluem oleaginosas como as castanhas e as amêndoas, os ovos, aves, peixes, sementes e leguminosas como a ervilha.
Prevenção
A melhora na alimentação também conta para quem tende a prevenir o surgimento da pelagra. Contudo, no caso da suplementação, ela só pode ser feita por meio de recomendação médica e é indicada apenas em casos mais graves. Assim, as doses de niacina necessárias para a recuperação são individualizadas, mas costumam girar em torno de 500mg/dia ao decorrer de três semanas.
Mas, é importante ressaltar que, com a alimentação rica nesses alimentos e as doses dentro do padrão ideal, a chance de desenvolvimento da doença é considerada baixa entre os especialistas.
Fonte: Lara Rodrigues é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo e pós-graduanda me nutrição clínica funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional. Atua na Clínica NutriCilla.