Um em cada dez pacientes que sofreu uma parada cardíaca ligou para o serviço de emergência

Saúde
10 de Setembro, 2021
Um em cada dez pacientes que sofreu uma parada cardíaca ligou para o serviço de emergência

Um em cada dez pacientes que sofreu uma parada cardíaca ligou para o serviço de emergência no dia anterior. Além disso, o sintoma mais relatado por eles foi desconforto respiratório — e não a dor no peito. As conclusões são de um estudo europeu e indicam ainda que os indivíduos com sintomas respiratórios costumam receber menos atendimento médico de emergência e, por isso, têm maior risco de morte.

De acordo com a pesquisa, apresentada no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, o perigo está em subestimar certos quadros e, com isso, adiar o início dos primeiros socorros. Desse modo, a Associação Americana do Coração lista o acesso rápido ao atendimento médico, resultado do reconhecimento dos sinais precoces de uma parada cardíaca, como a ação primária entre uma série de medidas de prevenção.

Com o intuito de auxiliar os serviços de emergência na identificação dos sinais mais comuns de uma parada cardíaca, os pesquisadores europeus listaram os sintomas que eram relatados pelas pessoas que ligavam para a emergência médica na Dinamarca. Em seguida, relacionaram com um banco de dados nacional para levantar informações sobre a taxa de sobrevivência.

Leia também: Atividade física reduz risco de morte em pessoas com cardiodesfibrilador implantável

Parada cardíaca no atendimento de emergência

Como resultado, os cientistas perceberam que os sintomas mais frequentes foram problemas respiratórios (59,4%), confusão mental (23,0%), inconsciência (20,2%), dor no peito (19,5%) e palidez (19,1%). Entre as pessoas que relataram dificuldade para respirar, 68,7% receberam uma equipe de socorro de emergência, ante 83% das que manifestaram dor no peito.

Ademais, descobriram que 81% dos pacientes que informaram dificuldade respiratória morreram dentro de 30 dias após a ligação ao serviço de emergência. É uma taxa de óbito bem maior do que a registrada entre os que mencionaram dor no peito (47%).

Os pesquisadores examinaram os registros de 4 071 indivíduos que sofreram uma parada cardíaca fora do hospital. Contudo, apenas 11,8% ligaram para o serviço de emergência após o início de manifestações de problemas cardiorrespiratórios.

Leia também: A diferença entre intolerância e alergia alimentar

Atenção aos sintomas

A identificação dos sintomas que antecedem uma parada cardiorrespiratória, caracterizada pela perda súbita de função cardíaca, respiratória e de consciência, é essencial para prevenir sequelas neurológias graves e óbito.

De acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), as doenças cardiovasculares são historicamente a principal causa de morte no Brasil (em torno de 350 mil óbitos por ano). Metade dessas vítimas morre em até uma hora após os primeiros sintomas.

Leia também: Risco de problemas cardíacos aumenta no frio

Ao reconhecer os seguintes sinais que podem preceder a parada cardíaca, ligue em seguida para o serviço de atendimento de emergência:

  • Dor no centro do tórax;
  • Formigamento no braço esquerdo;
  • Palpitações;
  • Dor de cabeça;
  • Falta de ar;
  • Enjoo, tontura e/ou vômito;
  • Palidez;
  • Suor frio;
  • Cansaço;
  • Dificuldade para falar;
  • Perda de consciência;
  • Desmaio.

(Fonte: Agência Einstein)

Leia também:

mulher com pedra na vesícula preparando ovo para comer
Alimentação Bem-estar Saúde

Quem tem pedra na vesícula pode comer ovo?

A coleitíase ocorre quando há o acúmulo de depósitos sólidos na vesícula biliar.

mãos de mulher separando pílulas ao lado de um prato de salada
Bem-estar Saúde

Suplementar estas vitaminas na menopausa ajuda a aliviar sintomas e prevenir complicações

A partir do climatério, o organismo demanda um aporte de nutrientes ampliado. Confira quais são as melhores vitaminas para a menopausa

equipamentos para dieta enteral
Alimentação Bem-estar Saúde

Guia da dieta enteral (alimentação por sonda): tipos, como fazer e cuidados

Entenda a forma de alimentação para pacientes que não conseguem (ou não podem) comer pela boca