Parada cardíaca durante maratona: jovem morre aos 26 anos. Entenda
Um jovem de 26 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca durante uma maratona. Bruno da Silva Teixeira iria correr 21 km, o equivalente a meia maratona. Depois, alterou para o percurso para 42 km, isto é, uma maratona. O jovem, que estava acostumado a correr distâncias curtas, passou mal no 15° km da corrida.
Em um vídeo publicado nas redes sociais pouco antes da corrida, Teixeira revela que a mudança da distância da prova havia sido alterada sem o conhecimento dos corredores. “Aonde eu fui me enfiar? Esse é o problema de andar com gente de frequência alta”, afirmou.
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Parada cardíaca durante maratona: riscos
Especialistas afirmam que a prática regular de atividade física é essencial para uma boa saúde, entretanto, fazer exercícios de alto volume ou intensidade, como meia maratona ou uma maratona, sem condicionamento prévio, pode ter efeito contrário.
Ou seja, sem um preparo adequado, tanto antes quanto durante corridas longas, a pessoa está sujeita a desidratação, deficiência de eletrólitos essenciais, queda de pressão entre outros. Além disso, há um alto risco de morte durante a prática despreparada, já que pode causar arritmias fatais.
Como evitar?
Para evitar esse risco, a recomendação antes de iniciar qualquer prática de atividade física intensa é fazer um check-up cardiológico. Para corridas de longa distância, também é indicado uma avaliação osteomioarticular, que avalia os joelhos, a coluna e outras estruturas do corpo que podem ser sobrecarregadas durante a prática.
Além disso, é importante procurar um profissional especializado nesse tipo de treinamento. Há também cuidados fundamentais durante a prova ou treino para evitar os riscos acima, como conhecer o limite individual de cada um, manter uma hidratação adequada, utilizar isotônicos e evitar o uso de drogas e substâncias com o objetivo de melhorar o desempenho, como energéticos e esteroides.
O que mais não pode faltar em uma preparação para os primeiros 42 km?
Fortalecimento: vital em qualquer degrau da corrida, fazer exercício de força é mandatório para a maratona. Lembre-se sempre de que a corrida é um esporte de alto impacto, que precisa de força dos músculos e articulações. Canelite, tendinite, encurtamentos e estiramentos musculares e fraturas por estresse são problemas muito comuns durante a trajetória do corredor, que podem se agravar sem o planejamento correto. Confira aqui algumas dicas para equilibrar o fortalecimento com a corrida.
Fisioterapia esportiva: mesmo sem nenhum histórico de lesão, você precisará de sessões de massagem desportiva, liberação miofascial e outros recursos para aliviar a pancadaria do volume de treinos. Considere essa parte como um investimento que lhe poupará de possíveis afastamentos para tratar lesões.
Alimentação: é um pilar obrigatório que você verá em todo conteúdo sobre corrida. Afinal, a qualidade do que comemos impacta demais no desempenho. Dessa forma, ter o apoio de um nutricionista esportivo fará toda a diferença, principalmente na melhora da recuperação pós-treino.
Treinamento especializado: por fim, mas não menos relevante, a saga para conquistar os 42 km requer o apoio de um treinador de corrida. Muitas pessoas assumem seus próprios treinos, o que pode ser um risco dobrado quando falamos de longas distâncias. Então, priorize o acompanhamento para ir mais longe e ter uma experiência inesquecível com seus primeiros 42 km.