Por que evitar papinhas industrializadas para criança?
De um lado, a praticidade. Do outro, a preocupação com os nutrientes. Afinal de contas as papinhas industrializadas são uma boa fonte de alimentação para as crianças?
Existem no mercado diferentes papinhas de frutas ou de legumes, verduras, carnes, cereais e de feijão industrializadas, que são preparadas para crianças de até dois anos de idade. Apesar de muitas marcas não apresentarem aditivos em sua composição, O Ministério da Saúde recomenda que elas não devem fazer parte da alimentação infantil por diversos motivos:
- A textura não favorece o desenvolvimento da mastigação, mesmo havendo diferença de consistência para as diversas idades;
- Elas são compostas por diferentes alimentos misturados no mesmo potinho, o que dificulta a percepção dos diversos sabores;
- Não favorecem a criança a se acostumar com o tempero da comida da família e com os alimentos da sua região;
- As vitaminas e minerais dos alimentos in natura são mais bem aproveitadas pelo organismo do que as vitaminas e minerais adicionados nessas papinhas.
Guia Alimentar infantil até 2 anos
O Ministério da Saúde acaba de lançar o novo Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos, juntamente com a 1ª Campanha Nacional de Prevenção da Obesidade Infantil.
De acordo com o órgão, 4,4 milhões de crianças estão acima do peso no Brasil. Mais de 2 milhões têm sobrepeso, cerca de 1 milhão tem obesidade e, aproximadamente, 750 mil crianças tem obesidade infantil grave.
O documento traz recomendações para que adultos e crianças tenham uma alimentação saudável. A nova versão tem uma linguagem mais voltada às famílias do que aos profissionais de saúde. Uma das principais recomendações é a de não oferecer açúcar nem alimentos ultraprocessados até a criança completar, pelo menos, 2 anos de vida, além de reforçar a importância da amamentação exclusiva nos primeiros seis meses do bebê.
Também recomenda o consumo de alimentos de acordo com grau de processamento: quanto mais natural, maior deve ser o espaço no prato e o quanto mais processado, menor o consumo.
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