Ômega-3 na gravidez: Saiba porque é importante
A boa nutrição é fundamental em qualquer momento da vida, mas principalmente ao longo da gravidez. Este período é determinante para o desenvolvimento saudável do bebê e, todo o cuidado deste momento irá refletir nos próximos anos de vida da criança.
Por essa razão, é tão importante darmos atenção e garantir as quantidades adequadas de algumas vitaminas, óleos e gorduras. Pois, elas refletem no desenvolvimento da criança.
Assim, o ômega-3 na gravidez é essencial, e sua suplementação muitas vezes é indicada para o desenvolvimento adequado do bebê. Especialmente em relação ao sistema nervoso e saúde ocular.
“O tipo ideal deste ácido graxo nesses casos é o DHA, pois ele faz parte da estrutura da membrana dos neurônios”, explica Dr. Renato Leça especialista em nutrologia e consultor da Biobalance.
O especialista recomenda que a ingestão de ômega-3 aconteça durante toda a gestação, mas principalmente no primeiro trimestre. “Assim, após o nascimento, a criança deve ser suplementada através da amamentação. O leite materno é rico em DHA, o que contribui para o desenvolvimento cerebral completo”, acrescenta o médico.
Da mesma forma, o sistema imunológico também depende de um bom consumo do ácido graxo. Estudos mostram que filhos de gestantes que consumiram ômega-3 na gravidez e amamentação, tendem a apresentar um quadro imunológico mais fortalecido.
Com isso, um estudo conduzido por Deng et al. (2017) avaliou o efeito da suplementação pré-natal com DHA no leite materno. A amostra foi feita com 409 mulheres, recrutadas no centro de assistência pós-parto durante o primeiro mês.
Toda a alimentação e a suplementação com DHA foi acompanhada e, entre o 22º e 25º dia pós-parto houve a coleta do leite materno das participantes. Os resultados mostraram que a concentração de DHA no leite materno do grupo que recebeu o suplemento diariamente foi significativamente maior em comparação ao outro grupo.
Ômega-3 na gravidez pode diminuir risco de parto prematuro
Aumentar o consumo de ômega 3 na gravidez, seja através de suplementos ou alimentos, pode reduzir a incidência de ter um bebê prematuro.
Na Austrália, onde um em cada 12 bebês nascem prematuros, isto é, antes de 37 semanas, um estudo liderado por uma equipe do Instituto de Pesquisa Médica e Saúde do Sul da Austrália, analisou 70 ensaios randomizados com cerca de 20 mil mulheres.
A maioria dos ensaios foi realizada em países de alta renda como Austrália, Estados Unidos, Inglaterra, Holanda e Dinamarca. Portanto, os resultados revelaram que as gestantes que aumentaram a ingestão de ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa apresentaram menor probabilidade (11% a menos de chance) de ter um parto antes de 37 semanas.
Além disso, descobriram que o ômega-3 na gravidez também é capaz de reduzir em 42% o risco de um bebê nascer antes de 34 semanas.
Onde encontrar ômega-3?
As melhores fontes de ômega 3 são: sardinha, arenque, salmão, truta, castanhas, semente e óleo de linhaça e semente de chia. Por outro lado, a maioria dos estudos incluídos na revisão sistemática usou suplementos. Pois, segundo os especialistas, é difícil obter a quantidade necessária apenas com alimentos.
No entanto, antes de partir para a compra do suplemento, é importante consultar o obstetra. Pois a suplementação só deve ser tomada pela gestante caso o médico que a acompanha veja necessidade. Da mesma maneira, a dosagem também varia de uma grávida para outra.