O consumo exagerado de ultraprocessados pode trazer inúmeros problemas para a saúde. Na verdade, a situação é tão séria que um estudo recente apontou que, anualmente, esses produtos causam cerca de 57 mil óbitos no Brasil. Contudo, muita gente ainda tem dúvidas sobre o que são os alimentos ultraprocessados. Confira a seguir:
O Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde (MS) classifica os alimentos em: in natura, minimamente processados, ingredientes culinários, processados e ultraprocessados.
Para entendermos a última definição, vamos conhecer melhor as primeiras:
Assim, os alimentos ultraprocessados seriam aqueles feitos com ingredientes com nomes pouco familiares e não usados em casa (como aromatizantes, emulsificantes, espessantes, adoçantes, entre outros). Exemplos: salgadinhos de pacote, refrigerantes e bebidas adoçadas, macarrão instantâneo, biscoitos recheados e chocolate.
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Diante dessas definições, muita gente logo associa os alimentos ultraprocessados a itens como salgadinhos, pizzas e lasanhas congeladas, refrigerantes e guloseimas.
Contudo, a verdade é que muitos produtos que a gente encontra no mercado podem nos confundir, e apesar de transmitirem ares saudáveis, não passam de ultraprocessados! Veja alguns exemplos:
Presentes no café da manhã de muita gente, combinam muito com leite ou iogurte. Mas vale ficar de olho, uma vez que muitas marcas pesam a mão no açúcar, nos corantes, nos aromatizantes e em diversos aditivos químicos a fim de deixar seus produtos mais saborosos e atrativos — principalmente aqueles destinados ao público infantil.
Na hora de comprar, preste atenção na lista de ingredientes: quanto menos tiver, melhor (o ideal é que sejam no máximo cinco e que o açúcar não esteja entre os dois primeiros).
Sabe aqueles iogurtes sabor morango vendidos em cartelas? Cuidado, eles geralmente carregam uma infinidade de ingredientes que a gente nem consegue decifrar. Prefira sempre os iogurtes naturais (já que são minimamente processados).
Muitos estabelecimentos vendem sushis pré-embalados e prontos para o consumo. O problemas é que esses produtos geralmente carregam conservantes como frutose e xarope de glicose, além de reguladores de acidez e sal.
O ideal é sempre priorizar os pratos frescos ou feitos de maneira artesanal.
Cada vez mais gente sabe que os sucos de caixinha contêm muitos ingredientes, mas pouquíssimas frutas. Açúcar, corantes, conservantes e aromatizantes lideram o topo dos rótulos.
Apesar de ser uma opção muito prática, alguns tipos de barrinhas de cereais concentram altos níveis de corantes e aromas e apresentam grandes quantidades de açúcar.
Nesse sentido, o açúcar pode estar presente em componentes como xaropes de milho, frutose, sacarose etc. Por isso, é importante selecionar bem a barrinha que irá consumir ou até fazer algumas trocas como incluir aveia, quinoa e flocos de arroz na alimentação.