Dia da Mentira: como identificar a mitomania (compulsão em mentir)?

Bem-estar Equilíbrio
01 de Abril, 2022
Dia da Mentira: como identificar a mitomania (compulsão em mentir)?

Momento de sinceridade: quem nunca mentiu alguma vez na vida, não é mesmo? A verdade é que esse ato faz parte da natureza humana e até pode ser a melhor escolha em momentos mais delicados (para não ferir ou magoar alguém, por exemplo). A questão se torna um problema quando a pessoa não consegue mais interagir com outras sem utilizar esse mecanismo, o que recebe o nome de mitomania. Por isso, no Dia da Mentira, veja como identificar um mentiroso compulsivo:

Por que mentimos?

De acordo com a psicóloga Marilene Kehdi, mentir de vez em quando é considerado normal. E os motivos podem ser variados:

  • Necessidade de atenção;
  • Forma de autoproteção;
  • Receio de ser criticado;
  • Receio de criticar ou constranger o outro;
  • Incapacidade de lidar com algum problema;
  • Inseguranças, medos e ansiedades;
  • Infelicidade;
  • Vontade de ser valorizado;
  • Baixa autoestima;
  • Por fim, para obter algum ganho.

“Há também aquele que mente pela sensação de prazer e poder. Mas vale lembrar que a mentira é um comportamento aprendido — isto é, se o indivíduo cresceu em um ambiente onde isso é considerado normal, ela também vai fazer”, complementa a especialista. E não importa a idade: se o mentiroso sempre obtém benefícios com as suas mentiras, ele provavelmente vai continuar com o hábito.

Mitomania (mentiroso compulsivo)

Mas quando a questão deixa de ser saudável? Marilene Kehdi explica que o sinal de alerta está na frequência das mentiras. “Trata-se de um distúrbio psicológico denominado mitomania, ou então mentira patológica.”

O transtorno pode acontecer isoladamente, mas com frequência ele aparece junto a outros problemas, como transtorno borderline, transtorno de personalidade antissocial, narcisismo e psicopatias. Não raro, o vício em mentiras vem acompanhado de outras compulsões — por beber, comer, comprar, usar drogas ilícitas…

“Isso vai afetar todos os relacionamentos que a pessoa tiver, pois muitos se afastam quando percebem as mentiras”, diz a psicóloga. Por isso, o diagnóstico adequado é essencial. “Nem todo mundo consegue reconhecer o problema e buscar ajuda, e só pede auxílio quando os prejuízos sociais foram muito grandes”, alerta.

Já o tratamento pode ser psicológico, com terapia comportamental, ou também médico, com a utilização de medicamentos prescritos pelo psiquiatra.

Leia também: Narcisismo: O que é e como identificar o transtorno

Como identificar um mentiroso compulsivo

Contudo, antes de julgar, o melhor a fazer é oferecer apoio. “Muitas vezes, a pessoa nem tem motivos para mentir, mas não consegue parar e nem controlar o comportamento sozinha”, explica a profissional. Por isso, fique atento aos sinais:

  • Excesso de felicidade ou tragédia nas histórias contadas;
  • A pessoa é sempre vítima ou herói nessas histórias;
  • Tem respostas muito elaboradas para perguntas simples;
  • Elabora diversas versões para o mesmo acontecimento;
  • As histórias são sempre extremas e fantasiosas.

Fonte: Marilene Kehdi, psicóloga e especialista em atendimento clínico.

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