Micose por contato: o que é, sintomas e tratamentos

Beleza Bem-estar Saúde
07 de Outubro, 2022
Micose por contato: o que é, sintomas e tratamentos

A micose por contato é um tipo de infecção causado por fungos, microorganismos que estão presentes em todos os ambientes e que se adaptam nas mais diversas condições.

Quando alguém tem a pele infectada, é comum que o resultado seja o surgimento de manchas com bordas com descamação, além de úlceras e de placas endurecidas e ásperas. Já quando o contato é na unha, normalmente ocorre o espessamento ou a mudança de sua cor.

Para entender mais sobre esse quadro e conhecer os possíveis tratamentos, consultamos o médico dermatologista Vinicius de Alencar. Veja a seguir.

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O que é e como acontece a micose por contato

A micose por contato é uma infecção causada pelo crescimento de fungos que podem afetar a pele, o couro cabeludo, as unhas e as áreas mais úmidas do corpo.

De acordo com Alencar, a forma de contágio mais comum é o contato direto com os ambientes onde o fungo esteja presente, ou então o contato com outra pessoa que esteja com os fungos.

“A micose também pode ser transmitida por inoculação direta, ou seja, por espinhos de plantas, por arranhões de gatos e até mesmo por farpas, por exemplo. Já em pacientes com algum tipo de imunossupressão, também podem existir casos específicos em que a infecção acontece através da respiração”, aponta ele.

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Sintomas da micose

Alencar explica que existem diferentes manifestações de micose em nosso organismo.

Quando o contágio é na pele, se notam manchas avermelhadas e de formato circular com bordas com descamação, além de vermelhidão em áreas de dobras como virilha e axilas ou, ainda, úlceras ou placas de aspecto endurecido e áspero.

Já no caso da micose nas unhas, normalmente acontece um espessamento da lâmina ungueal, além de mudança de cor como nas onicomicoses – outro tipo de infecção nas unhas causada por fungos.

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Como é o tratamento?

Existem alguns tratamentos para combater e curar a micose.

“O tipo de cuidado, contudo, varia de acordo com a infecção, podendo demorar meses ou até mesmo um ano em tratamento”, diz o dermatologista.

Quando superficiais, podemos tratar as micoses apenas com uso tópico de cremes, loções ou sprays antifúngicos, por quatro semanas, em média.

Já as micoses de unha costumam ter um tratamento mais demorado.

“Neste caso, podem ser usados esmaltes antifúngicos, uma vez que ele fixa na unha fazendo com que a ação da medicação seja prolongada. Dependendo do número de unhas e extensão da infecção, também pode ser feita a medicação oral, porém sempre com tempo prolongado”, aponta o médico.

“Por fim, as micoses profundas – que acometem a parte mais profunda da pele ou até órgãos –, necessitam de antifúngicos orais ou endovenosos em certos casos.”

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Como evitar o contágio

“Evita-se o contágio tomando-se medidas de higiene e proteção adequadas”, alerta Alencar.

Assim, o indicado é usar chinelos em locais de uso comum, como vestiários de academia e piscinas, utilizar álcool gel e, quando possível, lavar a pele com água e sabão em locais de contato.

“Os fungos gostam especialmente de locais quentes e úmidos para crescer. Então, para evitar micoses de pés e unhas, recomendamos sempre utilizar meia de algodão, que deve ser lavada após cada utilização”, orienta o profissional.

“Depois de usar os sapatos, também recomenda-se usar algum produto desinfetante e deixá-los em local arejado por 24 horas”, completa.

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Para evitar micoses em regiões de dobras, como virilha e axilas, por exemplo, indica-se não usar roupas muito apertadas e de tecido sintético.

Já ao realizar atividades ao ar livre, como trilhas e caminhadas, opte por sapatos e vestimentas adequadas, que dificultem traumas locais.

“Por fim, fique atento à saúde de seus animais domésticos. As feridas que não cicatrizam neles podem ser indicação de infecção por fungos, que podem ser transmitidas posteriormente aos tutores.”

Riscos da micose por contato

A princípio, as micoses de pele superficiais e de unha podem não ser perigosas, sendo mais um prejuízo estético pelas manchas que podem surgir ou, então, pelo incômodo local devido aos sintomas de coceira e queimação.

No entanto, se não tratar o quadro, há o risco de as feridas serem porta de entrada para outras infecções ou causarem casos mais graves.

“É importante também lembrar que as micoses sistêmicas em pacientes imunossuprimidos são sempre graves e necessitam de diagnóstico e tratamento rápido. Essas sim podem ser fatais e deformantes em várias situações”, alerta o médico.

“Em dúvida, sempre procure seu dermatologista para receber o diagnóstico e o tratamento adequado”, finaliza.

Fonte: Vinicius de Alencar, médico dermatologista, de São Paulo.

Sobre o autor

Ana Paula Ferreira
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em beleza e bem-estar.

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