Flexibilização do uso de máscaras e ansiedade: como lidar?

Bem-estar Equilíbrio
28 de Março, 2022
Flexibilização do uso de máscaras e ansiedade: como lidar?

Para muitas pessoas, o fim do uso obrigatório de máscaras em algumas localidades do Brasil foi motivo de alívio. No entanto, para outras, gerou ou agravou crises de ansiedade, já que muitas delas ficaram bastante preocupadas em não estarem totalmente confiantes com a retirada. Mas qual a relação, afinal, do uso de máscaras e ansiedade?

“Muitos especialistas estudaram o efeito da máscara como um fator protetivo aos julgamentos externos sobre si mesmo e até mesmo para esconder as próprias emoções, além, é claro, do próprio uso da máscara para combate ao coronavírus“, afirma Carolina Mirabeli, psicóloga clínica e consultora de desenvolvimento e carreira. Entenda.

Máscaras e ansiedade: como lidar com a nova realidade?

Em novembro do ano passado, cientistas da Universidade de Cardiff, no país de Gales apontaram que o uso de máscaras pode afetar a forma como o cérebro é capaz de criar empatia com as emoções de outras pessoas, especialmente as emoções positivas, que são expressadas pela parte inferior do rosto. Assim, o medo, por exemplo, pode ser expresso com os olhos.

Além disso, na parte estética, algumas pessoas se sentiram muito mais seguras em não mostrar todo o rosto, como por exemplo, na tentativa de esconder espinhas ou outras imperfeições consideradas pela própria pessoa.

Flexibilização pode agravar crises

Em relação ao uso da máscara como fator protetivo ao coronavírus, algumas pessoas ainda têm manifestado medo em tirá-las do seu uso cotidiano. Isso porque ainda não há qualquer certeza sobre a pandemia de Covid-19, tampouco sobre a flexibilização do uso de máscaras, mesmo em ambientes abertos.

Ainda de acordo com a especialista, pessoas que sofrem com crises de ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) ou hipocondria podem vir a ter mais dificuldade com a flexibilização. “Elas necessitam ter certeza de que não vao pegar ou estarão livres da doença. Porém, essa certeza é irreal”, completa.

O que fazer?

De acordo com Carolina Mirabeli, nesse momento, é muito importante respeitar o tempo próprio de cada um, não se exigir demais e ir fazendo pouco a pouco a mudança necessária. “Pode ir testando para ver como se sente e ganhando confiança até a retirada completa. Para os casos mais extremos, é importante não fazer nenhuma exposição de maneira abrupta e sem acompanhamento médico e psicológico”, finaliza.

Fonte: Carolina Mirabeli, psicóloga clínica e consultora de desenvolvimento e carreira.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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