Por que alguns atletas estão jogando de máscara na Copa?

Durante os jogos da Copa do Mundo 2022, uma máscara preta foi vista no rosto de alguns jogadores. Por exemplo, em Son Heung-min, na partida entre Coreia do Sul e Gana; e em Joško Gvardiol, na partida entre Croácia e Marrocos. Mas para que serve?

Máscara de jogadores na Copa

Não, o acessório não é apenas um charme dos atletas. Trata-se de um equipamento feito à base de materiais como policarbonato e que pode ser impresso em máquinas 3D para se ajustar exatamente aos contornos da face de cada jogador. O intuito é proteger áreas sensíveis (que estão se recuperando de lesões, por exemplo).

No caso do atleta da Croácia, o médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros, da capital paulista, explica que a máscara serviu para preservar o nariz do mesmo.

“O zagueiro sofreu uma fratura no nariz durante uma partida em novembro, depois de trombar com um colega de time em campo. E como tratou-se de uma lesão que não requereu cirurgia, mas que precisa ser protegida para não correr o risco de uma nova lesão, a máscara faz essa função de proteção”, fala o médico.

O especialista completa: “As fraturas nasais nas quais não há desalinhamento dos ossos podem ser tratadas sem intervenção cirúrgica. É importante controlar o sangramento nasal e acompanhar o impacto na respiração posteriormente.”

Já Son Heung-min precisou salvaguardar uma fratura no olho esquerdo que sofreu em novembro, quando atuava pelo Tottenham — ele passou por uma cirurgia e correu o risco de ficar fora do campeonato mundial.

Reprodução Instagram: @hm_son7

Contudo e felizmente, o jogador coreano se recuperou rapidamente. Por isso, pôde participar da Copa, mas com a máscara.

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Outro acessório inusitado

Em outro trauma facial na Copa, o jogador do Canadá, Atiba Hutchinson, agitou as redes sociais por usar um curativo interno no nariz, parecido com um absorvente feminino. “Apesar da semelhança, trata-se de um tampão nasal com material que auxilia no controle do sangramento”, esclarece o médico.

Fonte: Bruno Borges de Carvalho Barros, médico otorrinolaringologista da capital paulista.