Limão para caspa: afinal, esta técnica caseira realmente funciona?

Usar limão para caspa é apenas mais uma das várias técnicas caseiras que podemos encontrar na internet ao buscar soluções para acabar com os pontinhos brancos na cabeça.  

De acordo com o tricologista Adriano Almeida, usar o suco da fruta cítrica pode ser eficaz contra a dermatite seborreica do couro cabeludo, porém também pode oferecer riscos para a saúde.

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Afinal, é possível usar limão para caspa?

Não é de hoje que as pessoas dizem que o limão pode ser um bom aliado no combate à caspa. Mas, afinal, esta técnica funciona?

De acordo com Almeida, a fruta realmente pode acabar com os pontinhos brancos. Eis o motivo:

“O limão muda o pH da região onde ele é aplicado, dificultando a vitalidade e propagação dos fungos e bactérias, incluindo aqueles que provocam a caspa”, ele explica.

Apesar de ser um truque eficaz, contudo, o profissional não recomenda que seja usado.

Isso porque a fruta pode render alguns riscos para a saúde do couro cabeludo, em especial a fitofotodermatoses.

Trata-se de uma dermatose – manifestação alérgica persistente – que acontece a partir da combinação do contato de uma planta fotossensibilizante na pele e da exposição ao sol.

O exemplo típico deste problema é a queimadura provocada por limão.

“O risco maior é de queimadura. Contudo, a técnica ainda pode gerar coceira, bolhas e feridas no couro cabeludo”, alerta o médico.

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Como tratar a caspa

De acordo com Almeida, o tratamento mais indicado para acabar com este problema é o uso dos shampoos anti-caspa.

“Eu não recomendo receitas caseiras para este fim. Portanto, por se tratar de fungos e bactérias, o tratamento pode ser simples, só com o uso do shampoo”, ele afirma.

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“Os produtos mais indicados e seguros, por sua vez, são os à base cetoconazol, celamina ou outros antifúngicos.”

Vale ressaltar, contudo, que gestantes e lactantes não devem usar produtos antifúngicos sem orientação médica.

O ideal, portanto, é sempre procurar um profissional para avaliar o quadro individualmente e indicar o melhor tratamento.

Fonte: Adriano Almeida, médico tricologista, professor de transplantes capilares e Presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, de São Paulo.