Jejum ou comer de 3 em 3 horas: o que é melhor para emagrecer?

Alimentação Bem-estar
20 de Abril, 2023
Jejum ou comer de 3 em 3 horas: o que é melhor para emagrecer?

O processo de emagrecimento envolve mitos e verdades que podem gerar dúvidas. Essas informações cruzadas acabam criando dietas nada eficientes e, algumas vezes, prejudiciais à saúde. Para ajudar a esclarecer, o endocrinologista e metabologista Igor Barcelos, explica se é melhor fazer jejum ou comer de três em três horas, pontuando o que realmente se deve levar em conta em ambos os casos. Entenda!

Leia mais: Quais os efeitos do jejum intermitente no corpo?

O que é melhor para emagrecer: fazer jejum ou comer de 3 em 3 horas?

Muitas pessoas, incluindo profissionais de saúde, irão aconselhar que comer de 3 em 3 horas é mais saudável. Por outro lado, muitos irão pregar que passar longas horas em jejum é melhor. De acordo com o médico, seja qual for o caso, o mais importante é entender que, para emagrecer, é necessário um déficit calórico. Ou seja, tanto faz a ferramenta usada.

Em resumo, só se perde as calorias que são gastas. Essa perda não depende apenas de um aspecto, segundo pontua o especialista. Considerando esse cenário, a ideia de que comer várias vezes ao dia pode reduzir a fome para a próxima refeição não tem respaldo em estudos. Ao contrário, cada refeição extra que se realiza chega a somar uma quantidade a mais de 150 kcal. “Ou seja, fazer lanchinhos intermediários pode levar ao consumo extra de calorias e consequente ganho de peso”, conta.

Ao mesmo tempo, ficar muitas horas em jejum não vai levar ao emagrecimento por si só. A perda de peso vem se, ao comer menos vezes, reduzir a quantidade de calorias. O que acontece é que muitas pessoas não conseguem se adaptar a realizar refeições regradas mais saudáveis por questões culturais e de rotina, como dificuldade em sentar à mesa para comer junto com a família.

Afinal, o jejum intermitente emagrece?

Igor ainda ressalta que, ao passar mais de 16 horas em jejum, são ativadas vias anti-inflamatórias em ratos, mas que não há estudos conclusivos em seres humanos. “O mais importante é individualizar. Não faz sentido pedir para alguém que gosta de sentar à mesa e comer fazer vários lanches ao acaso. Ou então obrigar uma pessoa cujo jantar é uma refeição importante, pois está com a família, a pular esse convívio para fazer um jejum prolongado”, diz.

Para ele, o mais importante é entender que, no fim das contas, é a perda de calorias que leva ao emagrecimento, mas que é necessário associar essa perda com uma boa saúde e com os costumes individuais. Por isso, consultar um profissional para saber o método que se encaixa ao perfil do paciente é essencial, sabendo que cada pessoa se adapta melhor a uma estratégia que outra. Além disso, entender qual deles funciona em casos específicos é fundamental para o emagrecimento e manutenção de um peso e um estilo de vida saudáveis.

Fonte: Dr. Igor Barcelos, Médico Endocrinologista e Metabologista, com título de especialista pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e de profissionais de Educação Física.

Leia também:

mulher praticando atividade física ao ar livre e suando
Bem-estar Movimento

Suar emagrece? Entenda se a transpiração ajuda a perder calorias

Suar demais realmente significa que você está perdendo peso? Descubra

foto mostra uma xícara de chá vazia com paus de canela ao lado em cima de um prato
Alimentação Bem-estar

É termogênico e ajuda no equilíbrio da glicemia e do colesterol; veja benefícios do chá de canela

A bebida é uma ótima opção para esquentar o corpo — muitos afirmam, ainda, que ela emagrece

farinha de beterraba
Alimentação Bem-estar

Farinha de beterraba: benefícios e como incluir na dieta

Pode prevenir doenças cardiovasculares, melhorar o aporte de fibras e ainda ajudar a aumentar a performance esportiva